quinta-feira, 30 de outubro de 2014

DESVENDANDO A OPERAÇÃO DE RADIO VIA SATELITE




VOCÊ SABE OPERAR SATÉLITES ? 
outubro 2014
Com este artigo pretendo abrir uma série sobre este tema ainda pouco conhecido pelos colegas radioamadores. 
Nessa óptica, entenda-se por comunicações espaciais a comunicação das estações do Serviço de Amador com astronautas radioamadores a bordo de naves espaciais ou transbordadores, o uso de satélites artificiais em órbita para retransmissão das suas emissões ou simples recepção de informação e o uso de corpos celestes como a lua como repetidores passivos.
Ainda este ano teremos oportunidade de possuir um repetidor na lua através de uma nave chinesa, segundo consta brevemente teremos um repetidor em Marte Aguardem, a tecnologia avança rapidamente, tente acompanha-la. 
Os satélites artificiais de comunicações podem ser geralmente agrupados em três tipos principais de acordo com os parâmetros da sua órbita em redor da terra. Assim sendo podemos classificá-los em satélites de baixa altitude com órbita quase circular, de alta altitude com órbita elíptica e os satélites geoestacionários. As órbitas de baixa altitude, tal como o seu próprio nome indica situam-se entre 335 Kilometros e os 40.000 Kilometros. 
Os satélites neste tipo de órbita descrevem um movimento circular em volta da terra atraída pela gravidade do planeta com poucas variações de altitude em relação a terra. 
Desta forma estes dispositivos dão várias voltas ao mundo por dia passado sempre por cima de regiões diferentes já que se afastam algumas dezenas ou centenas de Kilometros em relação aos pontos em terra por baixo de si na passagem anterior. 
Nas órbitas de alta altitude, os satélites para além desse movimento circular em volta do planeta ainda exibem uma outra particularidade que é o movimento elíptico, ou seja, cada movimento de rotação tem um ponto de maior afastamento e outro de maior proximidade em relação a terra. 
Os satélites geoestacionários mantêm uma órbita fixa a cerca de 35.800 Kilometros acima do equador. 
Só é possível manterem-se 24 horas por dia nessa posição porque viajam precisamente à mesma velocidade do planeta e na mesma direção. 
A grande necessidade do seu uso obrigou a estabelecer-se uma cintura com 3º de longitude de separação obrigatória entre cada uma das posições pré-definidas para alojamento destes satélites usados sobretudo para ligações intercontinentais de rádio, televisão, telefone e outros tipos de comunicações. 
Até à presente data não há conhecimento de nenhum tipo possível de utilização de satélites geoestacionários no serviço de amador por satélite para comunicações. Como vimos em relação aos satélites de órbitas quase circulares e elípticas a sua posição em relação ao solo varia com o tempo. 
Este fato torna a comunicação ou a simples recepção dos seus sinais somente possível quando não há impedimentos ou barreiras físicas na ligação com a estação terrestre, ( nomeadamente só quando o satélite se eleva acima do horizonte). 
O conjunto de parâmetros usados para calcular a posição atual do satélite em relação ao ponto da terra onde se encontra a estação de solo denominam-se Elementos Keplerianos. 
Qualquer computador pessoal dispõe hoje de uma incrível variedade de programas ou aplicações informáticas mais ou menos sofisticadas e precisas para cumprir esta operação com sucesso na estação de radiocomunicações, o que torna fácil e acessível. Associações de radioamadores que se dedicam a este tipo de comunicações como a  AMSAT  e  organizações espaciais como a NASA, (entre outras entidades), fornecem e atualizam mesmo via Internet listagens de Elementos Keplerianos para programação dos sistemas caseiros de cálculo de posicionamento, tornando-se a única responsabilidade do radioamador a inserção esses dados no programa sempre que ache necessário fazê-lo. 
Para se trabalharem os satélites que disponibilizam comunicações no serviço de amador por satélite as estações devem equipar-se com os meios adequados a fazerem uso dos repetidores ou instrumentação instalada a bordo. Correntemente, a maior parte das comunicações acessíveis destes satélites são sobretudo as retransmissões do sinal, seja este em telefonia ou nos modos digitais. Para esta operação, tal como acontece com as vulgares estações repetidoras terrestres, existe um canal de acesso e um de saída ou recepção. 
Estes canais são vulgarmente conhecidos como " uplink " ( canal de subida ) e " downlink " ( canal de descida ). Sendo o ideal possuir-se também uma forma de se receber o canal de descida em simultâneo, ( sobretudo para se poder escutar a própria emissão e dessa forma se corrigirem quaisquer eventuais defeitos como os desvios do efeito Doppler provocado por alguns fenômenos físicos comuns a todas comunicações espaciais).
Para facilitar tecnicamente esta tarefa, o canal de subida e o de descida estão em segmentos diferentes bandas situadas nas faixas de freqüências atribuídas ao serviço de amador por satélite. 
A correspondência entre freqüências nas duas bandas pode ser invertida ou não. Nas correspondências não invertidas sabemos que basta somar ou subtrair um número certo de MHz para acharmos o resultado certo dessa conversão. Para nos deslocarmos dentro do segmento de operação desses satélites sabemos que deverá ser percorrido o mesmo espaço numa e noutra banda para tudo bater certo se não houver qualquer tipo de fenômeno que possa ser integrado nas exceções à regra. Vamos tomar com exemplo o fator de conversão de – 116,400 MHz. Se estivermos a emitir no canal de subida em 145,825 MHz devemos ir escutar a freqüência de 29,425 MHz para a resposta ou mesmo para monitorizarmos a nossa própria emissão. Se nos deslocarmos depois para 145.850 MHz a freqüência de escuta para o canal de descida passa então para 29,450 MHz e assim sucessivamente. 
Usaremos neste caso como exemplo um canal de subida na freqüência de 145,825 MHz ao que corresponde um canal de descida em 435,225 MHz. 
Se avançarmos para a freqüência de 145,850 MHz não teremos como correspondente o canal de descida em 435,250 MHz, como no exemplo anterior, mas de 435,200. 
A explicação advém de não haver uma conversão direta fixa de + 289,400 MHz, pois no canal de subida à medida que vamos aumentando a freqüência vamos diminuindo no canal de descida e vice-versa. 
Nesta ordem de idéias chegamos á conclusão que na freqüência do centro da banda haverá aí sim uma diferença fixa de cerca de 289,300 MHz que vai aumentando à medida que nos deslocamos para os extremos da banda em qualquer das direções. 
Esta norma é valida quer para os casos em que a freqüência de descida é superior à de subida ou em caso contrário como no primeiro exemplo. Quando as correspondências se invertem como no segundo exemplo, o efeito Dopller é mais fácil de controlar. 
Este fenômeno deve-se à velocidade de deslocação entre o satélite e a estação terrestre fixa sendo proporcional à freqüência do sinal. 
Nos casos das comunicações através de satélites com órbitas circulares ou elípticas este ligeiro desvio de freqüência é diferente consoante cada faixa de freqüências do serviço amador por satélite A diferença de freqüência está também relacionada com a altitude. 
Em satélites de órbita elíptica o efeito de Doppler no apogeu é cerca de oito vezes menor do que se faz sentir no perigeu. Há ainda que ter em consideração este fator de desvio na freqüência tanto no canal de subida como no canal de descida. Para a operação dos satélites pelos radioamadores existem vários modos pré-definidos.  
Numa próxima oportunidade vamos ficar a conhecer alguns satélites e a sua forma de operação em particular
Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, pôr agora despeço-me com um forte e cordial       
73 do Mário PY2 MX K

terça-feira, 21 de outubro de 2014

PU2OKE X CX3TQ QSO IN 28 MHZ SSB MODE


Linkagem entre Repetidores VHF utilizando a faixa de frequência UHF, isso é legal?






LINKS entre repetidores geraram dúvidas para alguns radioamadores.

  Mantenedores de  repetidoras recebem vários pedidos de esclarecimento a cerca do assunto e buscam a respostas, prioritariamente na própria ANATEL, tendo nos informado ser legal a utilização do respectivo link.

  Para satisfazer os insatisfeitos e duvidosos, não questionando o posicionamento da ANATEL, que já foi favorável ao link, procuramos um advogado, coincidentemente radioamador - PU4 WGW-, para que interpretasse aos olhos da lei a base legal para o questionamento.

  Assim dispõe o Art. 40, inciso III, da  Resolução nº 449 de 17/11/2006 / ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações (D.O.U. 01/12/2006):

"Art. 40. A transmissão simultânea em mais de uma faixa de frequências é permitida nos seguintes casos:

... III - Nas experimentações e comunicações normais que envolvam estações repetidoras ou que exijam, necessariamente, o emprego de outra faixa de frequências para complementação das transmissões."

O art. em questão é bastante claro quanto a utilização de MAIS DE UMA FAIXA DE FREQUÊNCIA, no caso a transmissão simultânea (link) VHF/UHF.

A dúvida levantada por alguns poucos radioamadores - de ser ilegal a utilização de links entre repetidoras - não prospera, pois, a princípio, se fosse ilegal, ou irregular, a ANATEL não teria fornecido a autorização para o funcionamento das estações repetidoras.

Portanto, se a repetidora está legalizada junto à ANATEL não há o que se discutir, contudo tal dúvida, se acaso permanecer, poderá ser questionada administrativamente ou judicialmente.

Enfim, conforme expressa o inciso III do art. 40 da Resolução n. 449/2006/ANATEL, numa simples interpretação, e respondendo à pergunta formulada, temos que as comunicações normais (transmissões) que envolvam estações repetidoras ou que exijam o emprego de outra faixa, no caso, V/U, É LEGAL 


sábado, 11 de outubro de 2014

IF - DAVID GATES - PIANO PLAY - TYROS 4


NOSSO AMIGO DANIEL PU2NOO, ESTA DIVULGANDO ESSE VIDEO, 
VAMOS REPLICAR PARA AS LISTAS, BLOGUES E AFINS  E AJUDAR A DIVULGA-LO, 73

terça-feira, 30 de setembro de 2014

COLUNA DO MÁRIO KEITERIS - PY 2 M X K Radioamador veterano e Escritor

O Espectro radioelétrico, e em especial o de ondas curtas, encontra-se distribuído em sua maior parte a diferentes serviços de radiodifusão e radioamadores.   Mais de 80% das freqüências disponíveis dedicam-se do que genericamente denominam-se “emissoras utilitárias”     O termo como tal inclui diversos e variados serviços de telecomunicações, que englobam como, por exemplo: emissoras de sinais horários e de freqüências padrão: emissões ponto a ponto e de ponto fixo; emissoras marítimas; aeronáuticas ou espaciais moveis; emissões de radio localização; estações meteriológicas; serviços de noticias; emissões militares, radioamadorismo etc.     A especialização do DXismo que se dedica às emissoras utilitárias (DXixmo Utilitário) é, pois aquela dedicada à captação e decodificação de tais emissoras vale dizer de todos os serviços de telecomunicações que não são os de radiodifusão nem os de radioamadores.     Provavelmente, o DXismo utilitário é o mais amplo e variado de todos, já por ser o tipo de emissões a captar, como pelas freqüências (a imensa maioria do espectro), e dos modos utilizados (todos disponíveis).     É igual como no caso do DXista de radioamador, de Broadcasting ou de emissoras utilitárias deverá contar com um equipamento muito sofisticado para poder       captar e fazer inteligíveis todos os tipos de estações.  Requere-se não somente um tipo de receptor de radiocomunicações, como também os dispositivos que permitam decodificar quase todos os modos disponíveis.      Aqui também é necessário ter o conhecimento do Código Morse, já que é usado amplamente nos vários serviços utilitários.     A recepção é livre, mas...     Como se sabe a recepção de ondas hertzianas, Seja as de qualquer tipo que seja na banda ou freqüência que seja, e em modo que seja, é livre e por tanto legal na maioria dos paises do mundo.  Não obstante em alguns paises pode haver regras ou limitações para o serviço de escuta.     É conveniente, pois estar ciente do que se pode estabelecer com a legislação local a respeito e respeitar o que ditam tais possíveis estipulações.     Ademais existe a regra geral, para que os serviços utilizados para as telecomunicações não genéricos (por exemplo: de enlaces telefônicos, de ponto a ponto, ou marítimos, que são de caráter confidencial e por tanto se bem que não é ilegal a escuta o seu conteúdo não pode ser divulgado para terceiros de nenhuma forma. Porem, genericamente, o que escutaremos se nos dedicarmos a esse tipo de DXismo. Segundo nos ensina MAARTEM VAN DELFT em curso pela Rádio Nederland “Quase tudo sobre Dxismo” fazendo as seguintes reflexões a respeito, que, apesar do tempo transcorrido desde que as realizou, seguem sendo ainda validas.       Abundancia de rádio balizas usadas para fins de navegação por aviões e navios podem ser encontrados na banda de onda longa e incluso pode-se sintoniza-las em alguns pontos da banda de onda media.  Estas emissoras transmitem constantemente sua identificação de uma a três letras em onda continua  (Código Morse), e sabe-se que identifica-las é o melhor método para aprender também o Código Morse.    No entanto, bandas de onda curta oferecem uma variedade muito maior de emissoras utilitárias.   Poderão ser ouvidos os rádios enlaces de aeroportos, boletins meteriológicos de estações costeiras destinadas aos navios em qualquer ponto dos sete mares.   De pronto descobre-se as bandas particulares que estão atribuídas a estas estações e também  haverá de ser notado que algumas estações costeiras utilizam uma identificação registrada para facilitar a sintonia e ajuste do receptor a bordo dos navios. Em outras bandas houve-se provas faladas e gravadas analogicamente dai é possível que tenhas captado uma estação chamada de ponto a ponto. Estas estações, que mantém circuitos telefônicos e telegráficos por rádio, tem serviços de telex e fax desde um ponto fixo, formando outra categoria utilitária interessante.   Os informes de recepção    O DXista de emissoras utilitárias, pode tentar reportar e obter verificações das estações escutadas.  Algumas delas incluso contam com formulários de verificação incluindo cartões QSL, porem, antes de intentar reporta-las é conveniente ter em conta alguns conselhos especiais.     Em primeiro lugar deve-se ter em mente, e esta claro de que muitas destas estações não estão interessadas nos informes de recepção, simplesmente porque não precisão deles; Estas emissoras obrem Informações confiáveis com suas emissoras correspondentes e também de outras fontes. Portanto, se alguma confirmar seu informe e por pura cortesia.      Ademais, seu informe de recepção será lido provavelmente por um técnico, e não por um funcionário administrativo, como em geral acontece no caso das radio difusoras. Para tanto se faz necessário que se deva recopilar um informe de recepção o mais detalhado possível.     É necessário incluir a data, freqüência, modo, a valorização da qualidade da escuta (este ultimo caso, por meio de um código apropriado o Código SIMPO, por exemplo). E para demonstrar que efetivamente foram captados os sinais da emissora, devera (segundo o caso), copiar detalhes dos boletins meteriologicos recebidos. A informação do vôo que foi interceptado, as frases de registro de prova standard transmitidos em Código Morse, outras palavras, etc. Tenha também em conta de que seu informe deve ser o mais pessoal possível e nunca use um formulário de reporte de recepção. Deve-se ser sempre amistoso e cordial. Para incrementar a sua possibilidade de uma confirmação, relate sua informação no idioma falado do pais da emissora, considerando que um idioma estrangeira pode não ser entendido corretamente. Sempre é interessante atender os requisitos da emissora (salvo que especificamente o DXista saiba de alguma forma de que a emissora em questão não exige esse requisito), É sempre interessante incluir no envelope um cupom de resposta internacional (IRC), incluindo ainda um envelope auto dirigido e estampilhado (SASE), já que as emissoras não contam com estas estimativas para estes encargos de retorno.



Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, pôr agora despeço-me com um forte e cordial       
73 do Mário PY2 MX K

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