quinta-feira, 22 de outubro de 2009

PROPAGAÇÃO TRANSEQUATORIAL - T.E.P.


1 - INTRODUÇÃO
A maioria dos modelos ionosféricos considera a ionosfera como uma série de camadas horizontais que variam apenas lentamente com o tempo e a posição geográfica. As modalidades da propagação que são baseadas em tal modelo são chamadas modalidades normais da propagação. Entretanto, a ionosfera real não obedece sempre a este modelo simples, particularmente nas regiões equatoriais e polares. As anomalias que existem nestas regiões causam o que são chamadas de "modalidades incomuns da propagação". As características da ionosfera que causam estas modalidades incomuns incluem a região E-esporádica, os realces equatoriais de ionização, as inclinações ionosféricas no crepúsculo e as irregularidades ionosféricas tais como o espalhamento equatorial em F.

Duas características principais da ionosfera equatorial causam os fenômenos conhecidos como propagação transequatorial ou TEP.


2 - PROPAGAÇÃO TRANSEQUATORIAL
Os operadores de rádio militares e amadores nos anos de 1940 podem ter sido os primeiros a descobrir que era possível se comunicar do norte ao sul e vice-versa através de distâncias intercontinentais além do equador usando freqüências na faixa do VHF (QST, outubro 1947). Às vezes com um número elevado de manchas solares, a camada F2 pode suportar modalidades normais até 45 MHz, mas freqüências consideravelmente mais altas do que esta foram encontradas utilizáveis em circuitos transequatoriais. Embora fosse feito uso deste fenômeno, esta denominação não foi usada até que décadas mais tarde a modalidade real da propagação fosse determinada.

Os radioamadores reconheceram logo a TEP como uma modalidade digna para se trabalhar. As primeiras comunicações de grande escala em TEP ocorreram provavelmente em torno de 1957-1958 durante o pico do ciclo solar 19. Por volta de 1970, pico do ciclo 20, muitos contatos de TEP foram feitos entre radioamadores australianos e japoneses. Com a ascensão do ciclo 21 que começa por volta de 1977, os contatos amadores por TEP foram feitos entre Grécia/Itália e África do Sul (África do Sul, Rhodesia e Zimbabwe), e entre as Américas Central e do Sul.

Observou-se claramente que haviam dois diferentes tipos de TEP que poderia ocorrer:
O primeiro tipo ocorreu durante o final da tarde e nas primeiras horas do anoitecer e era geralmente limitado às distâncias abaixo de 6000 km. Os sinais propagados por esta modalidade foram limitados à faixa baixa do VHF (< 60 MHz), eram de alta intensidade de sinais e sofriam distorção moderada (devido à propagação por múltiplos caminhos). As comunicações de voz em SSB eram possíveis com esta modalidade.

O segundo tipo de TEP ocorreu por volta de 1900 a 2300 horas locais. Os contatos foram feitos em 144 MHz, e às vezes muito raramente em 432 MHz.

A intensidade do sinal era moderadamente elevada, mas sujeito a rápidos e intensos fadings, fazendo do Código Morse (CW em faixa estreita) a única modalidade possível de comunicação. Um radioamador descreveu a qualidade do sinal nas seguintes palavras: "nós tentamos SSB mas havia assim muita distorção que nem uma única palavra poderia ser identificada [esta modalidade, SSB] tem muitas vibrações, fading e ... mesmo o morse vinha com um ruído parecido com um sopro, não como um tom nítido" (do Dawn of Amateur Radio in the UK and Greece por Norman F Joly).


3 - A IONOSFERA EQUATORIAL
Por conveniência, a ionosfera pode ser dividida em três zonas para as finalidades de caracterizar seu comportamento: a zona equatorial, a zona temperada e a zona polar. A ionosfera temperada é, como seu nome implica, "melhor comportada". É também melhor estudada, porque a maioria das sociedades tecnológicas do mundo ficam situadas nesta área (ao menos no hemisfério norte).

Comparado à zona temperada, o sol é situado diretamente acima da zona equatorial, e assim nós devemos esperar encontrar freqüências críticas ionosféricas mais elevadas do que na zona temperada. Nós podemos também esperar encontrar uma variação menor da ionosfera com as estações (uma vez que essencialmente os trópicos não têm um verão e um inverno bem definidos). No outro extremo, nós esperaríamos a ionosfera polar sendo menos densa (por causa do alto ângulo de zênite solar), e mostrar grande variação entre o verão e o inverno. Embora estas expectativas sejam essencialmente verdadeiras, não explicam muitas características interessantes destas regiões. E a região F, a mais importante da ionosfera, não obedece sempre estas suposições razoáveis.

As ionosferas polares e equatorial são sujeitas a uma escala mais ampla de comportamento normal e inesperado. A ionosfera das latitudes elevadas foram objetos de estudos intensivos antes e durante o Ano Geofísico Internacional (IGY 1957-8). Uma das causas principais do comportamento inesperado é o campo magnético da terra. Nas regiões polares, as linhas do campo magnético são quase perpendiculares à superfície da terra, enquanto na região equatorial, as linhas do campo magnético são horizontais à superfície da terra no equador magnético. (Nota: para confundir "o quadro" ainda mais, os equadores geomagnético e geográfico geralmente não coincidem, e podem ter até 12 graus de separação. Em longitudes asiáticas o equador geomagnético está acima do equador geográfico, enquanto em longitudes americanas está abaixo.)

A característica mais interessante da ionosfera tropical é a região normalmente chamada de anomalia equatorial. Historicamente, este nome surgiu porque o pico da ionização não era esperado. Ele é presente desobedecendo os modelos simples para latitudes médias que os povos tinham planejado para a ionosfera. Agora, quando nós sabemos melhor o que causa as cristas de ionização, o velho nome ainda hoje é furado. Este é o lugar onde uma concentração elevada de elétrons é observada em cada lado do equador magnético em latitudes magnéticas em tono de 10 a 20 graus. Estas cristas de ionização causam freqüências críticas ionosféricas mais elevadas (foF2) do que existem no equador geomagnético. Estão também em alturas mais baixas do que está o pico da região F no equador geomagnético.

A anomalia equatorial é causada pela ação combinada de campos elétricos e magnéticos. Quando o sol situa-se alto, cria uma ionização intensa na região, o campo elétrico começa mover estas cargas. O campo magnético (que tem efeito somente em cargas móveis) faz então com que elas amontoem-se acima.

Finalmente, as partículas espalham-se para fora, seguindo o campo geomagnético para baixo onde cruzam a região F normal. Este processo começa imediatamente depois da alvorada e no meio da tarde o acúmulo na ionização está claramente presente e persiste até após o por do sol, quando a ionização não mais é produzida pelo sol.

Durante as primeiras horas do anoitecer, quando o realce da ionização diminuir, vastas regiões irregulares de ionização podem ser formadas por processos dinâmicos. Acredita-se geralmente que uma instabilidade começa baixo na ionosfera, cresce e propaga para cima. Estas irregularidades são sopradas ao redor por ventos ionosféricos, dispersam, e pelas horas da manhã, desapareceram na maior parte. Geralmente, as irregularidades da ionização podem ser vistas em uma ionosonda como engrossamento ou espalhamento do traço da região F2. Isto é referido tanto para escala ou para freqüência propagada (dependendo do mecanismo envolvido, às vezes é difícil separar os dois). Todo espalhamento é acreditado ser devido às irregularidades da ionização na ionosfera. Estas irregularidades, que (ao menos na ionosfera equatorial) ocorrem somente nos períodos noturnos, geralmente começam formar-se nas horas da noite como um distúrbio no fundo da ionosfera e crescem então para cima. Elas podem ser em forma de plumas de expansão, e/ou como bolhas de pequeno tamanho ou bolsos.

Estas formas são alinhadas com as linhas geomagnéticas do campo (e são assim referidas freqüentemente como irregularidades alinhadas ao campo [FAI]).
Estas plumas, tubos, bolhas ou bolsos dão forma a furos, "biteout" na ionização local e as ondas de rádio são refratadas por estas descontinuidades na ionosfera. Estas irregularidades afetam não somente a propagação de rádio HF mas podem também causar cintilações nos satélite da banda-L (banda baixa de microondas) aos sinais transionosféricos à terra.

A anomalia equatorial e as irregularidades são usadas para explicar a propagação transequatorial.


4 - aTEP [AFTERNOON TEP] (TEP DA TARDE)
A propagação transequatorial da tarde é acreditada por uma super modalidade de F (designada FF), em que o sinal do transmissor é refletido primeiramente pela concentração da ionização em uma das cristas da anomalia equatorial para a segunda crista no hemisfério oposto. Dela é refletido para baixo à estação de recepção em terra. Não sofre assim nenhuma reflexão à terra (como é o caso na modalidade 2F normal), e passa também pela região de absorção D somente duas vezes (em vez de 4 vezes para a modalidade 2F).


Estando o raio intermediário entre duas porções da região F, o ângulo de refração na ionosfera pode ser substancialmente menor do que para um raio refletido de volta à terra. Isto implica por sua vez que uma freqüência mais elevada pode ser refletida (fr=foF2*sec(i)). Aqui i é o ângulo de incidência na ionosfera, e como este aproxima de 90 (o ângulo de refração g=90-i tende a zero), a máxima freqüência refletida possível (fr) torna-se maior. Uma outra maneira de dizer isto é que o fator do obliqüidade do circuito é mais elevado. O menor ângulo de refração também é possibilitado porque a maior ionização na crista da anomalia segue as linhas do campo magnético e inclinado ligeiramente para cima do equador.

A elevada intensidade do sinal observada para a aTEP é devido ao número menor das passagens pela região D, e porque as cristas da anomalia suportam a propagação dos sinais com uma escala mais ampla de ângulos de elevação do que as modalidades usuais da propagação, a distribuição da ionização na anomalia equatorial tende a focalizar estes ao longo do trajeto.

As características da aTEP são:

Máxima Freqüência Utilizável (MUF) de até aproximadamente 60 MHz, que é geralmente em torno 15 a 25 MHz acima da freqüência da modalidade 2F para o mesmo trajeto.
Ocorre por volta das 1500 a 1900 horas local. Prevalece mais em épocas próximas aos equinócios e em tempos de elevado número de manchas solares.
Os comprimentos de trajeto típicos serão 5000 a 6500 km.
Os sinais serão normalmente fortes com fading limitado e com distorções (por multi-encaminhamento ou espalhamento Doppler).

5 - eTEP [EVENING TEP] (TEP DO ANOITECER)
A propagação transequatorial do anoitecer geralmente suporta freqüências muito mais elevadas do que a aTEP e tem, em ocasiões raras, sido relatada na faixa de freqüência amadora de 432 MHz (UHF baixo). A eTEP do anoitecer é correlacionada fortemente com a existência da faixa de espalhamento, chamada de espalhamento equatorial de F, vista em ionogramas equatoriais.
A eTEP também não é compreendida assim como a aTEP mas acredita-se ocorrer através de uma galeria ou de uma modalidade campo-guiado que confie na existência das bolhas, dos tubos ou das plumas ionosféricas que têm uma concentração de elétrons mais baixa do que a área circunvizinha. Os raios são refletidos das superfícies das paredes da bolha, em todas as vezes que permanecem dentro da ionosfera até que mergulham finalmente em um trajeto para baixo de volta à terra.

As características da eTEP são:

Ocorre por volta de 2000 a 2300 horas locais, e é mais freqüente em torno dos equinócios e especialmente em épocas de número elevado de manchas solares.
Embora as intensidades do sinal sejam elevadas, o sinal é sujeito a fading profundo e rápido e à distorção muito forte (dos multiplos-encaminhamentos e dos grandes movimentos de Doppler). Espalhamento de Doppler de até 2 kHz foi observado em um sinal de CW.
Os comprimentos de trajeto podem variar de 3000 a 8000 km.
As freqüências suportadas são mais elevadas do que para a aTEP e podem muito ocasionalmente entrar na banda baixa do UHF.


6 - DIAGNÓSTICOS PARA TEP
Não é ainda possível predizer a ocorrência de TEP com nenhuma certeza, assim mais investigações nestas circunstâncias da propagação são exigida.
Nós sabemos algumas condições necessárias para TEP, mas nós sabemos também que estas não são suficientes para se assegurar de que uma TEP ocorra. Algumas destas são:

Para a sustentação da freqüência mais elevada, o circuito deve ser simétrico em relação ao equador geomagnético. Isto é, o receptor e o transmissor devem estar situados em distâncias iguais do equador magnético.
O trajeto deve estar dentro de aproximadamente 15 graus geomagnéticos ao norte ou ao sul.
A taxa de ocorrência é maior em torno dos equinócios.
A taxa de ocorrência é maior às vezes em torno do máximo do ciclo solar. Este é um período de emissão mais elevada de raios solares EUV (que conduzem a uma ionização ionosférica mais intensa).
A taxa de ocorrência diminui enquanto a freqüência do circuito aumenta.
A escala de espalhamentos em ionogramas equatoriais parece ser necessária mas não é uma condição suficiente para uma eTEP. Entretanto, isto depende provavelmente da localização da estação.
Quanto mais elevada a região F2 sobre o equador geomagnético mais elevada a taxa de ocorrência de TEP. De fato, este é pensado ser uma das melhores previsões para a eTEP.
Quanto mais distantes as cristas da anomalia equatorial estão do equador geomagnético maior a probabilidade de estar presente uma aTEP. Esta geometria favorece o realce da modalidade FF.
As circunstâncias geomagnéticas quietas parecem favorecer o desenvolvimento de irregularidades ionosféricas, e assim uma eTEP. Uma periodicidade de 27 dias foi notada em alguns trajetos (relacionados provavelmente à atividade geomagnética de origem solar). Para freqüências mais elevadas do circuito, mais importância parece ter as circunstâncias geomagnéticas quietas. (Nota: os distúrbios geomagnéticos são geralmente mais presentes e mais intensos em torno dos equinócios, e assim nós temos duas circunstâncias opostas).
Note que alguns dos diagnósticos acima são para aTEP mas muitos se relacionam à eTEP.


7 - BEACONs APROPRIADOS PARA INVESTIGAÇÕES DA TEP
O beacon ideal para investigações de TEP é um transmissor da onda contínua (CW). Isto permite que as medidas de intensidade de sinal, do deslocamento de doppler e da propagação, sejam feitas sem quaisquer fatores de confusão introduzidos pela modulação do sinal. Falhando um beacon de CW, um transmissor de AM é o melhor substituto, porque a portadora é uma freqüência fixa e relativamente constante em potência (embora a potência total irradiada possa ser constante, a relação da energia espalhada através da portadora e das bandas laterais pode mudar).
Um transmissor de FM não é normalmente apropriado como um beacon de TEP (embora a potência irradiada total seja constante, esta é espalhada sobre uma larga escala de freqüência [por exemplo 250 KHz ], e não há nenhum pico de energia na freqüência da portadora nominal quando uma modulação significativa está presente).

A lista dos beacons australianos mostrada abaixo foi escolhida como candidatos potenciais para investigações de TEP Austrália-Japão.


Nota: esta tabela foi apresentada para manter as características originais do documento ora traduzido, que tem sua origem no IPS - Austrália, e fornece freqüências para investigação de TEP entre a Austrália e o Japão. Para nós, aqui no Brasil, estas freqüências são inválidas para tal finalidade uma vez que uma TEP aqui ocorreria entre o Brasil e a América Central.

8 - PARA INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
F McNamara, The Ionosphere: Communications, Surveillance, and Direction Finding,
Kreiger (Orbit Books) 1991, ISBN 0-89464-040-2.



Material preparado por John Kennewell e por Phil Wilkinson.
Copyright por IPS Radio & Space Services - Sydney, Australia.
Todos os direitos reservados.

Para acessar o documento original:http://www.ips.gov.au/Main.php?CatID=8&SecID=5&SecName=Other%20Topics&SubSecID=3&SubSecName=Radio%20Communication

domingo, 18 de outubro de 2009

CARTÃO QSL DE ZV2AT




CARTÃO QSL DE PY2DM EDIMAR - JAMBOREE/2009
















CARTÃO QSL DE PP5JAK


PORQUE E COMO SE IRRADIA UMA ONDA DE RÁDIO ?

PORQUE E COMO SE IRRADIA UMA ONDA DE RÁDIO ?

Autor do texto: MÁRIO KEITERIS – PY2 M X K
Radioamador Veterano e Escritor de Livros de Radioamadorismo



Estas foram duas pergunta que me rondou a cabeça pôr muito tempo, e muito tempo atras eu não sabia a quem perguntar.
Me ensinaram que as ondas (pôr exemplo as do rádio), propagam-se de forma muito similar as ondas produzidas sobre a água, ao atirar-mos uma pedra sobre sua superfície.
É evidente de que as ondas de rádio não se “movem”, nem no ar e nem na água.
Porem quem as move?
Porque as ondas podem propagar-se no espaço, se ali não existe nada para mover...
Que duvida cruel?
Depois de muito tempo eu aprendi que as ondas de rádio partem de uma antena que é que as irradia, pôr tanto é que as ondas de rádio somente propagam-se pôr algum elemento que as pode transportar, de imediato, podem fazer vibrar as moléculas de algum elemento que esteja dentro do campo irradiado pela antena, isto quer dizer que tudo que se encontra próximo a antena transmissora estará vibrando na freqüência do transmissor, assim pôr exemplo vamos sintonizar uma estação em FM que transmita na freqüência de 144.1 MHz., ai posso dizer que todos os elementos que se encontram próximas da estação transmissora estarão vibrando a velocidades muito altas (imaginem a velocidade das vibrações quando estamos transmitindo em GHz). e que praticamente não estaremos dando conta, ou seja toda proximidade da antena estará vibrando a 144.100.000 pulsos pôr segundo, então se estas ondas de rádio estão próximas de algum elemento que as possa transportar, elas irão buscar o melhor condutor , (como a corrente elétrica), porem se as ondas de rádio estiverem no vácuo, sua orientação será o sentido da irradiação, como pôr exemplo o Sol que nos irradia a luz (porque propaga-se?), não é que se propague pois é irradiada pôr si própria em forma de fotons, e nas ondas de rádio em forma de elétrons...
Pôr certo o Sol é um dos transmissores de ondas radiais mais potente que temos em toda a galáxia, e ademais é o maior influente para a propagação eletromagnética aqui na terra.
Uma onda de rádio pode ser refletida, refratada, e defratada sem perder sua freqüência.
Podemos notar no transcorrer do dia nas ondas curtas como pode variar a propagação com estações de rádios distantes, com variações significativas durante o dia e durante a noite, quando temos a irradiação radial máxima do Sol de dia e a mínima a noite.
As ondas de rádio podem mover-se já que os elétrons irradiados possuem um peso molecular, igual aos dos fotons da luz, possuem uma certa massa, pelo qual pode ser movida essa massa, ou seja a luz pode mover algo físico.
Vamos fazer uma experiência pratica, onde colocamos dentro de um frasco de vidro, uma pequena hélice, onde um lado da mesma é pintado de preto, e o outro lado é pintado de branco, se expormos este frasco a luz solar a hélice do lado preto começara a girar, se colocarmos do lado branco ela ira parar, é evidente que a hélice girara no lado em que os fotons choquem-se com maior força sobre a hélice (lado preto).
Para fazer esta experiência é necessário extrair o ar existente dentro do frasco de vidro, para poder manter um vácuo dentro, caso contrário a experiência não funciona.

73 d0
Mário
PY2M X K

Link original: http://www.qtcbrasil.com.br/noticias/ver3.asp?id=1623

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Em tempos de GPS, radioamador ainda faz a diferença

Milhares de pessoas abrem mão dos modernos aparelhos de comunicação para seguir com seus rádios transceptores e antenas

CAMILA PATI
Da Redação



Hoje em dia qualquer um fala com qualquer outro em qualquer lugar do planeta. Em tempos de celular, internet, messenger e GPS, o radioamadorismo pode parecer coisa do passado. Mas não é.
Em todo o mundo milhares de pessoas ainda abrem mão dos modernos aparelhos de comunicação para seguir com seus rádios transceptores e antenas.
Por meio da captação e transmissão das ondas eletromagnéticas (ondas hertezianas) feitas por antenas próprias ligadas às suas estações, os radioamadores conseguem se comunicar com todo o mundo desde o começo do século passado.
Embora possa parecer que os radioamadores estão na contramão da pós-modernidade, é sabido que em caso de catástrofe suas estações de radiodifusão podem vir a se tornar o único sistema de comunicação disponível entre o local de emergência e o restante do mundo.
"Se ocorrer pane em todos os outros sistemas o que sobra é o nosso.
Em caso de emergência ou de conflito as estações dos radioamadores podem ser requisitadas pelas Forças Armadas", explica o radioamador guarulhense Hélio Polilo.
Ele faz parte da diretoria do GSU (Grupo Sempre Unidos), o clube de radioamadores da cidade que este ano completou 26 anos.
"O nosso clube é voltado pra unir o radioamadorismo e para fazer filantropia. Temos sede própria, com 200 associados ligados de alguma forma ao radiomadorismo", explica o presidente do GSU, Márcio Gobe.
Com sede social na Vila Barros, o GSU, em convênio com o poder público, distribui leite para famílias da região.
"Atualmente são 150 mães que estão no programa", diz a diretora social do GSU, Cecília Barranco.
O GSU também tem uma sala onde podem ser oferecidos cursos de radioamadorismo e telegrafia.
Nos anos 90, auge do radioamadorismo segundo Gobe e Polilo, Guarulhos chegou a contar com 285 radioamadores ativos no município.
"Devido à facilidade das comunicações, o número de radioamadores diminuiu muito", diz Polilo. Ele, Gobe, Wagner Dabarian, Oswaldo Nardini e José Campos de Souza formam o grupo atual de radioamadores ativos de Guarulhos.
Este último, o Campos, ou "Campinho" para os íntimos, é o radioamador em atividade mais antigo da cidade.
Com 86 anos, Campos se dedica ao radioamadorismo há 56 anos, e desde 1975 tem sua estação em Guarulhos.
Durante todo esse tempo em atividade "Campinho", hoje funcionário aposentado da secretaria estadual da Fazenda, participou de várias situações nas quais sua ajuda via rádio foi fundamental.
A mais importante delas aconteceu durante o temporal que atingiu a cidade de Caraguatatuba, no litoral norte paulista, em 18 de março de 1967.
A cidade ficou isolada do resto do mundo, destruída - sem luz, água e telefone - e com milhares de desabrigados.
Quem primeiro conseguiu estabelecer contato, no meio do colapso de todos os aparelhos de comunicação existentes, foi um radioamador, Tomás Camaris Filho.
Com sua estação de rádio, Filho pediu socorro para a cidade de Santos, também no litoral paulista e explicou a situação. Nos dias que se seguiram, Campos foi mandado de helicóptero até Caraguatatuba, a pedido do governador do estado naquela época, Roberto de Abreu Sodré. Juntos, Filho e Campos ajudaram nas comunicações por meio da estação de rádio instalada na casa de Filho.
Desde então Campos tornou-se uma das lendas vivas do radioamadorismo brasileiro.
Quem quiser seguir o exemplo de Campos e se tornar um radioamador deve obter o Coer, Certificado de Operador de Estação de Radioamador.
Para instalar uma estação de radioamador em casa também é preciso ter uma licença. Ambas são expedidas mediante provas sobre conhecimentos da legislação pertinente ao tema e conhecimentos técnicos de radioeletricidade e telegrafia.
As provas são realizadas pela Labre - Liga de Radioamadores Brasileiros - por meio de um acordo firmado entre o Ministério das Comunicações e a entidade. "Com a ajuda de um radioamador mais experiente ou de uma associação de radioamadores o ingresso fica mais fácil". Para mais informações, o GSU fica na Rua Padre Claúdio Arenal, número 600, Vila Barros.
O pioneiro na transmissão da voz humana sem fio (radioemissão e telefonia por rádio) foi um padre brasileiro. Roberto Landell de Moura (1861-1928). Considerado o patrono dos radioamadores do Brasil, o padre Landell realizou experiências a partir de 1892 e 1893, em Campinas e em São Paulo.
Transmitiu voz por ondas eletromagnéticas utilizando equipamentos de rádio patenteados no Brasil em 1901 e em 1904 nos Estados Unidos. É considerado também o inventor do telefone sem fio.
Infelizmente não teve estímulo nem apoio para seus experimentos no Brasil. Por falta de incentivo e patrocínio foi obrigado a largar seus experimentos, logo em 1905, depois que o governo brasileiro não dar ouvidos ao padre que dizia que poderia revolucionar a comunicação. Até hoje há quem considere que o inventor deste sistema de comunicação seja o italiano Guglielmo Marconi (1874-1937), que na verdade é o inventor do telégrafo.
O principio O pioneiro na transmissão da voz humana sem fio (radioemissão e telefonia por rádio) foi um padre brasileiro. Roberto Landell de Moura (1861-1928). Considerado o patrono dos radioamadores do Brasil, o padre Landell realizou experiências a partir de 1892 e 1893, em Campinas e em São Paulo. Transmitiu voz por ondas eletromagnéticas utilizando equipamentos de rádio patenteados no Brasil em 1901 e em 1904 nos Estados Unidos.
É considerado também o inventor do telefone sem fio. Infelizmente não teve estímulo nem apoio para seus experimentos no Brasil.
Por falta de incentivo e patrocínio foi obrigado a largar seus experimentos, logo em 1905, depois que o governo brasileiro não dar ouvidos ao padre que dizia que poderia revolucionar a comunicação. Até hoje há quem considere que o inventor deste sistema de comunicação seja o italiano Guglielmo Marconi (1874-1937), que na verdade é o inventor do telégrafo.
Glossário

O mundo do rádio e dos radioamadores tem uma série de códigos, como o "código internacional Q" e palavras específicas, confira alguns termos:

UHF: frequência ultra elevada
VHF: frequência muito elevada
Rodada: comunicado em conjunto, conversa em grupo
QRA: nome da estação
QRG: frequência
QRM: interferência
QRV: estou à disposição
QRX: aguarde
QTH: endereço da estação do radioamador
QTR: horário
QTC: mensagem
QSO: conversa; comunicado; contato
QSL: ok, confirmado, tudo entendido

Link Original:
http://www.diariodeguarulhos.com.br/jornal/dgnews/jornal/materia.jsp?id=8442&ca=33

TETE COM FLORES, NO PRIMEIRO MÊS DE GRAVIDEZ


VISITA DE PU2STK NETO E BATATINHA , APOS RETORNAR DE ISRAEL


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MOVIMENTO LANDELL DE MOURA


ASSIM COMO ALBERTO SANTOS DUMONT É O PAI DA AVIAÇÃO, ROBERTO LANDELL DE MOURA É O PAI DAS TELECOMUNICAÇÕES.
OS DOIS SÃO BRASILEIROS!!!

Você certamente sabe que Santos Dumont é o Pai da Aviação. Mas você sabia que o rádio foi inventado por um padre-cientista brasileiro, Roberto Landell de Moura, antes de Marconi?
Além do rádio, Landell de Moura também projetou a televisão, no início do século XX, muitos anos antes da referida invenção ser anunciada ao mundo.
Ele patenteou inventos no Brasil e nos Estados Unidos, mas, por uma série de infortúnios, não conseguiu nenhum apoio para o desenvolvimento dos artefatos.
Foi incompreendido, taxado de maluco e de ter pacto com o demônio.
Não foi reconhecido em sua época e, pior ainda, até hoje é pouco conhecido, embora tudo esteja devidamente documentado.
Historicamente, o Brasil entrou na era do rádio com importação de tecnologia.
Para corrigir um erro histórico e, ao mesmo tempo, valorizar a ciência nacional, o Governo Brasileiro precisa reconhecer oficialmente o pioneirismo do Padre Roberto Landell de Moura no desenvolvimento das telecomunicações (precursor das invenções do rádio, da televisão e do teletipo, além da recomendação do uso das ondas curtas e da utilização em seus aparelhos do princípio do laser e das fibras ópticas).

COLABORE! VAMOS FAZER JUSTIÇA!

Internauta, você concorda que Roberto Landell de Moura merece ser conhecido por todos os brasileiros?
Se a resposta é afirmativa, clic no para fazer parte do abaixo-assinado nacional e internacional que será encaminhado às autoridades do Governo, como os Ministérios da Educação e das Comunicações, solicitando a inclusão dos feitos de Roberto Landell de Moura no curriculum escolar obrigatório, assim como se atribui a invenção do avião a Santos Dumont.

Observações:
Apenas os nomes dos participantes farão parte do abaixo-assinado a ser entregue às autoridades.
Os dados de e-mail e nº de identidade são solicitados para conceder crebilidade à iniciativa, mas NÂO serão de conhecimento público.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

AS BANDAS DE VHF

A HISTÓRIA DO VHF

A sigla VHF, denominação popular de ondas métricas, representa o segmento do espectro de ondas eletromagnéticas compreendidas entre 30 MHz (exclusive) e 300 MHz (inclusive).
Visto que a utilização de VHF só se tornou popular entre os radioamadores brasileiros na década de 70, poucos radioamadores vão acreditar que sua tecnologia é mais antiga do que a das ondas médias e curtas.
De fato, Heinrich Hertz, em 1884, já gerava ondas de 100 MHz com seu transmissor de faísca, com a entrefaísca ligada a um dipolo terminado com dois discos de metal, representando carga capacitiva. O receptor, a 9 m de distância, era um loop ressonante de uma espira, entre cujo entre ferro pulava faisca cada vez que o transmissor de 100 MHz era acionado. Mais tarde, em 1894, Lodge substituiu o loop por um coesor de Branly, com o qual conseguiu aumentar o alcance do transmissor de VHF de Hertz à distância de 30 m.
Os primeiros experimentadores de rádio operaram, por acaso, em freqüências elevadas. Visto que os circuitos acoplados aos geradores de faísca eram pequenos, eles inerentemente ressonaram em freqüências elevadas. Na ltália, Righi gerou ondas de I 000 MHz em 1890, outros inventores italianos chegaram a 3 000 MHz, e na índia, na virada do século, Bhose já trabalhou com microondas e com guias de ondas primitivas. Obviamente, a medição das freqüências, através dos comprimentos de onda correspondentes, foi efetuada por meio de linhas Lecher, inventadas em 1889. Marconi iniciou seus trabalhos de rádio em 1895 com 150 MHz, na banda de 2 m, e até utilizou refletor parabólico para concentrar o feixe e aumentar o alcance, antes do fim do século
Todos chegaram à conclusão de que, para aumentar o alcance, deveriam utilizar comprimentos de onda maiores. Assim, a tecnologia VHF ficou hibernando durante vinte anos.

Coube aos radioamadores o mérito de ressuscitar o VHF. No número de outubro de 1924 da QST, órgão oficial da ARRL, o editor técnico publicou o primeiro artigo com os detalhes de construção de um transmissor de 5 m (60 MHz), utilizando como oscilador uma válvula C-302, da qual retirou a base para reduzir a capacitância intereletrodos. Os radioamadores o copiaram utilizando válvulas tipo 45 e 7lA de sucata.
A revista QST deu grande impulso às freqüências acima de 30 MHz. Na edição de julho de 1931, o editor técnico Jim Lamb publicou um artigo de onze páginas sobre os osciladores de UHF, chegando com as válvulas da época a 600 MHz (50 cm), com circuitos Barkhausen-Kurz e tecnologia Gill-Morrell. No mesmo número, o editor técnico assistente Ross Hall publicou um receptor super-regenerativo de três válvulas para 60 MHz (5 m), que era, na época, a banda de radioamador correspondente à nossa faixa atual de 50 MHz (6 m). No número seguinte, em agosto, Ross Hall, que foi um dos grandes pioneiros de VHF, publicou um transceptor com duas válvulas 7 I A em push-pull, modulados em AM por duas válvulas 47, ligadas em paralelo. Ele conseguiu operação duplex entre duas estações, utilizando 56 MHz de um lado e 60 MHz do outro.
Nas três décadas que se seguiram, o VHF era só objeto de experiência de poucos experimentadores, mas, na década de 60, a indústria eletrônica especializada em equipamento de radiocomunicação profissional teve que procurar sucessor ao sistema de modulação AM que dominou até então as comunicações em fonia.
A decisão sobre a modulação sucessora da AM foi diferente para ondas curtas e para VHF. Em ondas curtas, a opção recaiu sobre o SSB, ao qual os vários estudos atribuíram uma vantagem de 12 dB sobre AM. Em VHF, e contrariamente às comunicações aeronáuticas, que já estavam utilizando em escala mundial AM nas comunicações de fonia em VHF, a escolha recaiu sobre a FM de banda estreita (desvio de ± 7,5 kHz). Para fins de comparação, podemos lembrar que a radiodifusão em FM trabalha com banda larga (desvio de ± 75 kHz), enquanto os telefones sem cordão trabalham com FM super estreita (desvio de ±3 kHz).
Para nós, radioamadores, é interessante mencionar que a primeira demonstração pública de modulação em freqüência, inventada e patenteada pelo major Edwin Howard Artnstrong, em 1933, foi realizada da casa do radioamador C.R. (Randy) Runyon, W2AG, situada à North Broadway 544, em Yonkers, até a sede do Institute of Radio Engineers (IRE), na rua 39, em Manhattan, na cidade de Nova Iorque.
A introdução de FM nas bandas de VHF de radioamadores conquistou os Estados Unidos na década de 60 e os países latino-americanos na década de 70, especialmente devido ao aparecimento de estações repetidoras que aumentaram o alcance além dos limites de visibilidade direta entre as duas estações em contato. Até meados da década de 70, os transceptores eram equipados com cristais avulsos, porém a freqüência sintetizada tomou conta rapidamente do mercado, seguida por scanners, memórias, subtons, chamadas seletivas codificadas e uma série sem fim de outros atrativos e de sofisticações de ordem técnica.
Inexiste sombra de dúvida de que o advento do VHF liberou o radioamador de seu shack, facilitou o seu contato com o mundo no carro, na rua, em excursões, viagens etc., devido às dimensões e ao peso reduzidos do equipamento e da antena, especialmente nos handy-talkies e transceptores de bolso de colete. Eles podem colocá-lo em contato com a rede telefônica e com o mundo, de qualquer lugar onde possa acionar sua repetidora com autopatch.
Para se comunicar com o mundo, o operador de VHF nem precisa recorrer ao sistema telefônico. Já temos em órbita microsatélites equipados com Packet Radio (PACSAT, LUSAT), que recebem a mensagem e retransmitem à estação destinatária em qualquer parte do mundo por onde eles passam. E mesmo sem satélite, o radioamador pode obter resultados semelhantes, equipando seu veículo com transceptor de VHF e a sua estação fixa com sistema de telecomando. Com isso ele poderá ligar do carro seu transceptor de HF, seu amplificador linear, sintonizar os dois para a freqüência em que deseja operar, girar a antena de ondas curtas para a direção desejada e estabelecer contatos de seu automóvel - com todas as conveniências de uma estação fixa bem equipada - em ondas curtas.
A tecnologia de VHF, que foi descartada na virada do século por ser considerada de pouco alcance, tomou-se na última década do mesmo século não somente de alcance mundial, mas foi muito além, aonde as ondas curtas, médias e longas não mais puderam ser utilizadas. De fato, com a única exceção dos satélites amadores russos RS, todas as comunicações para fora de nosso planeta são efetuadas em VHF, UHF e SHF, como acontece, por exemplo, nos contatos com a sonda Pioneer, que já ultrapassou Plutão, o último planeta do sistema solar.

Espectro de VHF

Na Faixa de 2 metros (Operação Classes A, B e C)

Faixa (kHz)Aplicações
144,000 a 144,050
CW Reflexão lunar em CW prioritário.

Contatos terrestres em CW autorizados desde que não prejudiquem a atividade prioritária segmento

144,050 a 144,100
CW

144,090
Freqüência de chamada CW.

144,100 a 144,200
Fonia SSB, CW e Teletipo SSB Reflexão lunar e sinais fracos em SSB e eventuais contatos em CW.
Teletipo SSB desde que não prejudiquem modo prioritário ou interfiram em segmentos adjacentes.

144,200 a 144,275
Fonia SSB e CW 144.200 freqüência de chamada Fonia SSB.

144,275 a 144,300
CW Emissões piloto.

144,300 a 144,500
Autorizados para comunicação via satélite (prioritário), CW, Fonia SSB e Fonia FM.

Contatos terrestres em CW e Fonia SSB e Fonia FM desde que não prejudiquem modo prioritário ou interfiram em segmentos adjacentes.

144,500 a 144,600
Fonia FM/PM Simplex sinais fracos.

144,600 a 144,900
Fonia FM/PM Entrada de repetidoras, Saída + 600 kHz.

144,900 a 145,100
Dados FM/PM Exclusivo Radio Pacote.

145,100 a 145,200
Fonia FM/PM Simplex sinais fracos.

145,200 a 145,500
Fonia FM/PM Repetidoras (saída). Entrada – 600 kHz.

145,500 a 145,565
Todos os modos. Exceto Radio Pacote.

Modos experimentais prioritários (não devem interferir em segmentos adjacentes).

Demais modos desde que não prejudiquem modo prioritário ou interfiram em segmentos adjacentes

145,565 a 145,575
Dados FM/PM Exclusivo APRS

145,575 a 145,800
Todos os modos. Exceto Radio Pacote.

Modos experimentais prioritário (não devem interferir em segmentos adjacentes).

Demais modos desde que não prejudiquem modo prioritário ou interfiram em segmentos adjacentes.

145,800 a 146,000
Autorizados para comunicação via satélite.

146,000 a 146,390
Fonia FM/PM Entrada de repetidoras, Saída + 600 kHz.

146,390 a 146,600
Fonia FM/PM Simplex

146,600 a 146,990
Fonia FM/PM Saída de repetidoras, Entrada – 600 kHz

146,990 a 147,400
Fonia FM/PM Saída de repetidoras, Entrada + 600 kHz.

147,400 a 147,590
Fonia FM/PM Simplex

147,590 a 148,000
Fonia FM/PM Entrada de repetidoras, Saída - 600 kHz.

Freqüência de chamada é aquela que, destinada ao fim especifico declarado, serve tanto para chamar com para atender, seguindo-se de imediato pedido de QSY para determinada freqüência por parte de quem chamou. Mantenha-a sempre livre para que outros possam usa-la. Em caso de QSO preestabelecido, determine freqüência antecipadamente para não utilizar a freqüência de chamada e depois ter que passar para outra.A lei não faz restrições a modo de transmissão nestas freqüências. No entanto, usar-se modo diferente do costumeiro FM (salvo curtas experimentações ou emergência), é considerado comportamento estranho, se não antiético e pouco cavalheiresco. No caso de praticas de telegrafia modulada (aulas) ou de RTTY. Seria conveniente o uso de um dos canais do segmento superior de faixa, comumente livres, para não causar interferência nas freqüências não canalizadas (Esta recomendação não é valida no segmento de 144900kHz a 145.100 kHz, onde a Legislação Brasileira, no tocante ao Packet, permite Emissões Digitais).Neste segmento, a Legislação Brasileira prevê que de 145.500kHz a 145.800 kHz destina-se a todos os tipos de emissão e que, de 145.800kHz a 146.000kHz, temos comunicações via satélite (emissões digitais).Recomendação geral: em todos os segmentos não canalizados evitar transmissão exatamente na freqüência limítrofe. As laterais de modulação ou o desvio de freqüência fatalmente penetrarão no segmento não permitido, sujeitando o operador a sanções legais.Vale ainda lembrar que este arquivo foi elaborado tendo por base os planos da IARU, o que não significa, necessariamente, a adoção total por parte dos paises signatários, do que é estabelecido na integra. Cada pais adapta os planos as suas necessidades e interesses, resguardada, entretanto, a essência dos planos, o que resulta em raras e escassas discordâncias para com os mesmos (como as mencionadas nessa reedição).

USO DE ESTAÇÕES DE REPETIDORAS
Para quem usa de estações repetidoras continuamente, seria bom ter sempre presente a idéia, primeiro, de que a estação nem sempre está instalada, ao alcance fácil, no quintal do seu administrador; e, segundo, de que nem sempre o equipamento é infinitamente resistente. Para chegar-se às instalações de repetidoras faz-se necessário deslocamento, até de 100 km, para proporcionar-lhe a manutenção indispensável à sua permanência "no ar" como todos os radioamadores desejam.
1 - Por trás de uma repetidora há sempre um responsável, seja uma sociedade, seja o representante dela, radioamador classe "A", que por ela responde perante a ANATEL.
As conversas equilibradas, sensatas, cordiais, são sempre bem-vindas à comunidade dos radioamadores, seja o participante, associado ou não, do grupo responsável pela repetidora.. Quando, entretanto, o comportamento desanda para o inconseqüente, quando a repetição de acionamento do PTT é intencional para geração de onda portadora prejudicial, aí se configura o desrespeito, não apenas a quem é destinada a "brincadeira de mau-gosto", mas também àquele que administra a estação repetidora, da qual é o principal responsável perante a ANATEL. Pelos desmandos e desrespeitos praticados na faixa de operação da repetidora, o radioamador responsável é quem sempre vai convocado para justificar-se junto ao órgão fiscalizador.
2 - Ao equipamento em utilização deve-se dar reais condições de fôlego. E isto nem sempre acontece. No entusiasmo da conversa animada, interessante, jocosa, o comunicado se alonga por minutos a fio, ultrapassando o tempo-limite definido para a duração de um câmbio, recomendado e definido em três minutos. O uso demorado, sem a liberação do PTT, sempre "derruba" a repetidora que deixa de funcionar, e depois de alguns minutos voltará a funcionar, quando readquirir novo alento. Faz-se necessário dar à repetidora seu tempo de "respirar".
Todos nós defendemos a permanência, no ar, das repetidoras que nos servem, bem distantes da ameaça de penalidades que hoje pesam sobre elas, em decorrência de comportamento reprovável de poucos.

ÉTICA OPERACIONAL

1 - Sempre que for solicitar algum colega, solicite-o pelo indicativo . Agindo dessa maneira, quem está na escuta não terá dúvidas de que é um radioamador que está querendo usar o repetidor.
2 - Sempre que entrar em alguma rodada, certifique-se que sabe o prefixo e o nome de cada um dos integrantes, bem como o assunto em pauta. Não existe coisa mais desagradável do que você estar falando com os amigos e alguém entrar interrompendo, fazendo "ping-pong" e não cumprimentando ninguén.
3 - Não tome partido sobre assuntos polêmicos.
4 - Se você não tem nada relacionado ao assunto que está em pauta para dizer, não entre . É melhor ficar só na escuta, pois entrando "apenas para dizer boa tarde", interrompe o QSO, e depois, por educação, passarão outra vez a palavra para vocêque continuará sem nada para dizer.
5 - Tenha um vocabulário adequado. Um bom vocabulário tem de estar isento do excesso de termos pobres e vulgares, como palavrões e gírias. Por outro lado, não se recomenda um vocabulário repleto de palavras difíceis e quase sempre incompreensíveis.
6 - Seja cortez e educado. Lembre-se que embora a maioria absoluta de radioamadores sejam do sexo masculino, em suas casas sempre haverão crianças e mulheres ouvindo. Certa vez, estava acontecendo uma discução no repetidor e o nível baixou completamente. Minha esposa ouviu e me perguntou se era com isso que eu perdia horas e horas no "shack". Durma com esse barulho!
7 - Não ofenda e nem faça comentários pejorativos. Está se tornando comum "certos" radioamadores fazerem comentários maldosos no repetidor. Comentários que ofendem e constrangem não só o radioamador que querem atingir, mas também os outros que estão ouvindo. Esse tipo de comportamento deverá ser banido a qualquer custo. Portanto não se surpreendam se o repetidor for desligado no meio de um QSO.
8 - Se encontrar alguém sem prefixo usando o repetidor, ou chame-o para um direto ou saia da freqüência. Lembre-se, o pessoal da fiscalização da Anatel agora consegue ouvir o repetidor lá de São Paulo. Você está cansado de saber que não pode manter contato com clandestinos.
9 - Quando ouvir alguma portadora, evite comentar na freqüência . Faça de conta que não está atrapalhando ou se realmente estiver, diga que precisa desligar. A pessoa que dá portadora adora saber quanto você a odeia, quanto mais você reclama, mais ela fica feliz. Se você simplesmente a ignora, logo ela desiste.
10 - Quando precisa falar com algum colega sobre algum assunto muito específico, verifique se não conseguem contato pelo direto , assim o repetidor fica livre para alguém que precise usa-lo e vocês não serão interrompidos no assunto.
11 - Desestimule as pessoas que conhece que não tenham prefixo a usar os repetidores. Explique dos problemas que eles podem nos trazer.
Incentive-o a estudar as apostilas e a fazer o exame.

Colaboração: PY2JF, João Roberto

MAPA DE PROPAGAÇÃO PARA VHF
Aos colegas que gostam do VHF, não deixem de verificar o mapa de propagação para VHF e UHF. As informações são disponibilizadas para o momento, portanto, sempre atuais. Tenha o hábito de consultar o mapa e fazer DX com outras localidades.
Mapa de propagação disponível em:
www.dxinfocentre.com