sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Autor do artigo: Mário Keiteris-PY2 M X K-Radioamador Veterano e Escritor -  out/2.013
 Nos idos anos 70, nós tínhamos um colega radioamador que vivia na cidade de Mogi das Cruzes S. P., o nosso colega normalmente adorava e fazia suas transmissões através de um transmissor muito potente e, por isto, interferia em aparelhos de radio, televisão, telefones e... também no aparelho contra surdez de uma senhora da terceira idade (a caminho da quarta).        Essa anciã ficava nervosa, apavorada mesmo, tendo quase que ser internada com distúrbio nervoso, sempre que o nobre colega iniciava sua diversão. A pobre anciã reclamava, tentava explicar o que sucedia mas ninguém da sua família atinava para o que ocorria, achavam que era coisa de velha, não importando-se com o fato e os reclamos.     A velha senhora já cansada com o tormento, uma vês que os familiares nada faziam para resolver seu problema, sempre ignorando o fato,  e pôr ser muito religiosa, a anciã resolveu procurar o padre da Paróquia, explicou-lhe com minúcias, ao sacerdote o que estava se passando, como já havia explicado aos seus familiares, por muitas vezes:            - "De vez em quando, ouço um espírito zombeteiro, que me faz chegar aos ouvidos, uma porção de coisas que não entendo.         Embora tente eu não consigo e, para piorar a minha situação o espirito além de tudo é gago."               O padre, como todo bom pastor deve ser, a ouviu atentamente.  E o padre que é uma pessoa muito culta e conhecedora das coisas, e que entendia muito bem o assunto, percebera o que se passava e, rapidamente tranqüilizando-a, deu-lhe as explicações necessárias, e mais alguns conselhos, pedindo-lhe que quando o tal "espírito" se manifestasse, ela retirasse o aparelhinho e o problema seria sanado, e ao depois de algum tempo voltasse a usa-lo, e foi o que a velha senhora fez, o que realmente resolveu, o emblemático problema do "espírito gago".           Acontece que era exatamente o nosso prezado colega, com seu possante equipamento, fazia sua chamada na faixa dos 40m e, repetidamente pronunciava: "CQ40, CQ40, CQ40"... até que alguém escutava e respondia. Aí, então, é que começavam as vozes do "espírito gago", que danava a falar coisas que a velha senhora não entendia.          O certo é que, passados mais de 40 anos, até hoje continua o fato sendo comentado, jocosamente, pêlos radioamadores locais.
 Acontece de que o ''espírito gago'' era o próprio vigário.
Autor do artigo: Mário Keiteris - PY2 M X K
Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, pôr agora despeço-me com um forte e cordial             


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