sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

CÓDIGO MORSE - CW









Código Morse é uma linguagem que usa dois sons de diferentes tamanhos de
simples tom, em várias combinações, para representar todos os caracteres do
alfabeto Morse. Estes dois tons são distinguidos pelo seu tamanho, um "curto" e
o outro longo. O tom curto é foneticamente referido como "DIT", e tom longo como
um "DAH". "DIT" é usualmente escrito como "DI" quando ele não é o último
elemento do caracter. Você pode muitas vezes ver o curto representado como um
"." (dot) final e o longo como "-" (dash), mas ele é comumente combinado por
aqueles que usam estes símbolos encorajando um acesso visual ao código, os
quais lentamente aprendem o código. Você nunca deve julgar o código como dis
e das ou escrever ele daquela maneira!

O código Morse original, usado em linhas terrestres de telégrafo, era
representado por combinações de periódicos clicks. Entretanto, quando o rádio
chegou, o código foi revisado para usar tons os quais são mais apropriados para
uso no rádio. O código Morse que é usado nas linhas telegráficas terrestres é
chamado de The American Morse Code, mas o código agora comumente usado
no rádio é chamado de International Morse code.


O código Morse Radioamador apresentado é uma sub-colocação do international
Morse code. Ele usa um reduzido conjunto de caracteres de 26 letras, os 10
numerais, 4 marcas de puntuacões e 5 sinais especiais. O Código Morse
Internacional que é usado no radioamadorismo suporta um número de sinais de
pontuações.

Comunicações em código Morse usam diversos caracteres especiais que
conduzem a informações na taquigrafia. Estes são caracteres muito mais longos
que podem ser vistos com combinações de caracteres alfabéticos sem
intervenção de espaços de caracteres. Os mais comuns destes sinais de
procedimento, ou "prosigns", usados em radioamadorismo são e
juntamente com são frequentemente mostrados em tráfego de taquigrafia.

Diversos caracteres internacionais são usados do Morse, especialmente na
Europa. Estes caracteres, são também suportados pelo Super Morse em alguns
modos.

Os vários elementos do código Morse são definidos em relação a outros. DIT é
determinado como o de menor duração e é definido como sendo uma unidade de
tempo de duração, e DAH é 3 vezes mais longo que o DIT, ou 3 vezes uma
unidade de tempo de duração . O silêncio entre DITs e DAHs no caracter, os
quais nós podemos chamar de "elemento espaço" é do mesmo comprimento
como um DIT, i.e., uma unidade de tempo de duração. O silêncio entre os
caracteres, os quais nós podemos chamar um "caracter espaço", é 3 vezes
unidade de duração. Finalmente, os espaços entre palavras, os quais nós
podemos chamar uma "palavra espaço" é 7 vezes unidades em duração.

Perfeitamente enviado o código usa estes padrões de relacionamento, mas o
código não é usualmente perfeitamente enviado exceto quando um computador é
usado. Cada pessoa que envia o código manualmente, desenvolve uma maneira
diferente do padrão, e seu não usual jeito é dito constituinte do "punho" muito
reconhecível.

Operadores que usam teclados automáticos podem usualmente colocar
manipulações com uma preferência pessoal. Manipulações muito diferentes do
padrão de cópia, de sons agitados, são duros para copiar.

A velocidade do código Morse é medida em palavras por minuto (WPM ou PPM).
A velocidade do código é uma ilusória medida de palavras, pois elas são de
vários tamanhos; e quando caracteres aleatórios são transmitidos, ali não estão
só palavras!

A velocidade do código tem portanto sido arbitrariamente definido pelo padrão
de palavras. O padrão de palavras pelo plano de texto é "PARIS", a qual, se você
adicionar sobre unidades de tempo em todos os elementos códigos de sons
usados para enviar "PARIS" (DITs, DAHs, e espaços entre os DIT's e DAHS,
caracteres e palavras), você pode achar que ele é 50 unidades de tempo mais
longo. Uma palavra por minuto é definida como sendo "PARIS" usando tempo
dos elementos de código para ocupar um minuto, incluindo os espaços de
palavras seguindo a ultima palavra.

Dez palavras por minuto devem ser enviadas a uma velocidade necessária para
enviar "PARIS" 10 vezes em um minuto. Os elementos do código são calibrados
em qualquer velocidade particular junto a "PARIS", e quando o texto é enviado
em, ditas, 10 palavras por minuto, mais ou menos palavras atuais podem ser
enviadas dependendo do tamanho delas.

A palavra "PARIS" pode não trabalhar para caracteres aleatórios visto que a
média de caracteres Morse usados para enviar texto em inglês é mais curta que
a média dos caracteres usados para enviar aleatoriamente caracteres. Isto
acontece porque o Inglês não faz uso de todas as letras em iguais números e
porque o código Morse determina os mais curtos códigos para mais
frequentemente letras usadas em Inglês. A letra mais usada em inglês é "E", e ela
é apontada a mais curta do código, o DIT.

Uma menos frequentemente usada desse mesmo modo é o "Q" é apontada
como a mais longa do código, DAH DAH DI DAH.

Pelos caracteres aleatórios, consequentemente, o padrão de palavras "CODEX"
era preferido. Se você analizar "CODEX", você poderá achar que ele contém 60
elementos de código. O efeito desta diferença é que os DITS e DAHS em envio
aleatório será sons 20 % mais curtos que este plano de texto na mesma
velocidade nominal.

Aleatoriamente enviados os caracteres, conseqüentemente, serão enviados sons
20% mais rápidos que o plano de palavras. Esta razão é porque o fabricantes de
fitas podem gabar-se que os atuais testes podem mostrar baixa após o uso
destes caracteres aleatórios em fitas!

Cada caracter (letras, números, sinais gráficos) possui seu próprio conjunto
único de pontos e traços. Abaixo você encontra o Código Morse original:


Link Original: http://www.qsl.net/zz1nja/index.htm

ÉTICA DO RADIO AMADOR :















PRIMEIRO:
O radioamador é atencioso e ponderado... Conscientemente ele jamais
usará sua estação para prejudicar a atividade dos demais colegas ou de alguma
forma que possa diminuir-lhes a satisfação em operar.

SEGUNDO:
O radioamador é leal... Ele oferecerá sua lealdade,
encorajamento e apoio a seus companheiros, ao seu rádio clube local e à sua
Liga Nacional, através da qual o radioamadorismo é representado.

TERCEIRO:
O radioamador é progressista... Ele manterá sua estação no nível do
conhecimento científico, conservando-a bem instalada e eficiente. Sua prática
operacional deverá ficar acima de qualquer censura.

QUARTO:
O radioamador é amistoso... Transmitir lenta e pacientemente, quando
solicitado; aconselhar amigavelmente e orientar o principiante; prestar gentil
assistência e colaboração; considerar e cooperar com o interesse alheio - estas
são as marcas do espírito radioamadorístico.

QUINTO:
O radioamador é equilibrado... O rádio é seu hobby. Ele nunca
permitirá que o seu passatempo interfira em quaisquer de seus deveres e
obrigações domésticas, profissionais, escolares ou que tenha para com a sua
comunidade.

SEXTO:
O radioamador é patriótico... A sua estação e o seu conhecimento
estarão sempre disponíveis e a serviço do seu país e de sua comunidade.





Este Código foi concebido em 1928 pelo radioamador norte-americano Paul M.
SEGAL, W9 EEA e adotado como oficial, em escala mundial, por votação unânime na
X Assembléia Geral da IARU - REGIÃO 2, realizada em 1989, em Orlando, Flórida,
EUA. Esta tradução foi realizada pelo nosso colega radioamador Ariosto
Rodrigues de Souza, o ARI, PT2 BW quando Vice-Presidente da LABRE.

***

OBS: Este artigo foi extraído do HANDBOOK DO RADIOAMADOR, de autoria do radioamador
Ivan Thomas Halász, PY2 AH.

Link Original: http://www.qsl.net/zz1nja/index.htm

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Jovens do ‘Projeto Educando para a Vida’ têm aulas sobre Rádio Amador


















Alunos do projeto “Educando para a Vida”, da Secretaria de Defesa e Cidadania de Indaiatuba, começaram a ter aulas sobre Radio Amador. O curso tem 18 estudantes, entre 10 e 12 anos, divididos em duas turmas, uma das 9h às 11h e outra das 14h às 17h, no polo do Lauro Bueno. As aulas acontecerão durante todo o ano.

Segundo o professor e radioamador há sete anos, Paulo Cesar Feijão, o objetivo é ensinar as técnicas e orientar para que a função possa ser usada também de forma responsável e cidadã. “Há muita bagunça na freqüência de radioamador, sendo que ela pode ser utilizada com objetivo social. Por exemplo, em momentos de catástrofes pelas chuvas ou no caso do terremoto do Haiti, onde os meios de comunicação convencionais não funcionam, o radioamador continua em operação. O radioamador é o meio de comunicação emergencial mais seguro”, explica ele.

Feijão argumenta que para colocar o sistema em operação basta um carro como fonte de energia e uma antena específica para o equipamento que pode estar acoplada no veículo. Serão apresentados também conteúdos sobre legislação da Anatel, o código internacional “Q” e o alfabeto fonético da ONU. “Queremos tentar conseguir a licença para eles. Cada criança a partir dos 10 anos de idade e que tenha a autorização dos pais pode fazer o teste para se habilitar”, comenta.

Par a preparação a primeira avaliação do curso acontece em 20 de fevereiro e será uma prova prática. Haverá uma estação de Rádio Amador montada na Estação e outra em uma casa do CDHU, no Cecap e os alunos serão sabatinados. “Faremos uma prova prática para ver o aproveitamento que eles têm”, disse Feijão.


link original:

http://www.indaiatuba.sp.gov.br/gabinete/imprensa/noticias/10327/

domingo, 24 de janeiro de 2010

ARTIGOS DE INTERESSE RADIOMADORÍSTICO

O que é um Medidor de ROE?

O Medidor de ROE é um aparelho que mede a Relação de Ondas Estacionárias, presente em um sistema de antena. A estacionária, também conhecida pela sigla inglesa SWR, pode ser explicada de uma forma bem simples, como a potência que, ao invés de ser irradiada, retorna ao transmissor. A estacionária elevada pode prejudicar o rendimento do equipamento e até mesmo danificar a saída do mesmo. Vários fatores podem provocar a estacionária, como o desajuste da antena, oxidação de cabos e conectores, soldas mal feitas em conexões, umidade no cabo coaxial, etc.

É necessário medir a ROE de minhas antenas?

Sim. A medição da ROE é muito importante, para prevenir danos à sua estação, além de garantir o máximo rendimento do seu sistema. Mesmo que você tenha conseguido num primeiro momento uma estacionária ideal (1:1) em determinada antena, essa relação pode mudar ao longo do tempo, provocada por desajustes da antena, umidade, oxidação, etc. Dessa forma, é recomendado ter um medidor à disposição e medir a estacionária periodicamente.

Haverá alguma perda de sinal em manter o medidor ligado entre o rádio e a antena?

Desde que o medidor seja de boa qualidade, haverá uma pequena perda por inserção ao ligá-lo entre a saída do transmissor e a antena, devido ao aumento da quantidade de conectores.
Rádio Propagação
As ondas de rádio se propagam das extremidades da antena, expandindo-se em todas as direções no formato de uma grande esfera.
A medida que se distancia do transmissor, o sinal se torna cada vez mais fraco, isto devido a resistência a propagação encontrada. Outro fator do enfraquecimento da onda irradiada é que estas são absorvidas pela superfície terrestre.
Na propagação as ondas eletromagnéticas ao longo de sua trajetória são submetidas a toda uma classe
de obstáculos que se opõe a sua propagação, tais como : prédios, postes de estrutura metálica,
montanhas, etc.


Certas considerações sobre antenas

Algumas pessoas pensam que antena é simplesmente um pedaço de metal ou qualquer vara de alumínio colocado sobre o telhado, outros usam lâmpadas fluorescentes, antena de carro na janela ou colocam uma antena móvel no centro de uma bacia de alumínio, dizendo ser uma antena parabólica !?!?.
Na realidade, antena é um elemento muito mais importante que qualquer invenção maluca e deve ser considerada com respeito pois é a "alma" de uma estação de rádio.
Existe uma certa arte nas antenas que envolve frequências, direções, polarizações e principalmente ondas estacionárias (R.O.E). Aquele que trabalha construindo antenas, precisa ter além das ferramentas adequadas para sua construção, o conhecimento total do seu funcionamento sem esquecer da sua resistência aos ventos fortes que ela venha a sofrer.

Para classificar entendendo melhor sobre as antenas, descrevo agora os elementos básicos do seu
funcionamento:

Frequência

Determina o tamanho da bobina ou dos seus elementos, que dependerá da frequência que ela trabalhará (diz-se estar em corte). Cada antena construída, precisa estar na frequência desejada para um melhor rendimento e sem riscos de danos posteriores no transmissor.

Impedância

Para cada tipo de antena, existe um tipo de impedância. Antenas de televisão, são fabricadas com impedâncias de 75 e 300 ohms. Para os Radio Amadores, as antenas são fabricadas geralmente com impedância de 50 ohms, alguns tipos de antenas, necessita de linha de transmissão (o cabo) em 75 ohms.

Direção

Determina uma direção da transmissão e recepção desejada ou específica eliminando as áreas indesejáveis. Antenas construídas com direção determinada, são chamadas de antenas direcionais e podem ser horizontal ou vertical dependendo da sua frequência de corte e preferências de uso. Antenas diretivas, são muito usadas geralmente para armar repetidoras quando se está a grandes distâncias, fazer contatos familiares e DX ( contatos interestaduais ou para outros países ).

Polarização

As estações de rádio em comunicação devem possuir as suas antenas fixadas na mesma polarização pois é muito difícil haver um bom contato entre estações que usam antenas com polarizações diferentes. Dependendo do tipo de uso do transceptor e da frequência usada, a antena pode estar na posição vertical ou horizontal. Em frequências baixas, pode-se aproveitar as propagações da ionosfera para contatos interestaduais ou até internacionais e nesse caso as antenas deverão estar no sentido horizontal pois as ondas de rádio que conseguem trafegar e refletir na ionosfera, estarão apenas nessa polarização. Em outros casos quando a frequência usada é muito alta (acima de 70 mhz), faz se necessário o uso de antenas na posição vertical para contatos locais entre várias estações ou para "armar" uma repetidora distante pois a propagação na ionosfera é muito fraca ou não existe e a ausência dos ruídos das baixas frequências estimula a construção de estações repetidoras em morros altos. Antenas parabólicas, também usam no seu alimentador, polarizações verticais e horizontais. As antenas cúbica de quadro (conhecidas como quadra cúbica) são consideradas como as melhores da atualidade, principalmente porque elas possuem altos ganhos e capacidade de dupla polarização ao mesmo tempo.

Propagação

Para a alegria dos aficionados em rádio, existe na natureza, um elemento que envolve nosso planeta responsável pela reflexão de certas frequências de rádio funcionando como um satélite natural permitindo que as emissões de rádio, alcançam distancias intercontinentais. A ionosfera é a terceira camada acima do solo terrestre entre 80 a 400 km formada de diversos elementos ionizados enriquecidos pelas atividades solares com variações a cada hora do dia que determina o que chamamos de propagação. Graças a ela, é possível fazer contato com o Brasil e algumas partes do mundo. A ionosfera, pode refletir com eficiência, frequências que vão de alguns khz até 70 mhz, mas dependendo de certas condições raras ocorre reflexões eficientes de até 100 mhz.

Mosca Branca ou Zona de Silêncio

O magnetismo que envolve o planeta juntamente com sua geografia, só permite um contato terrestre (rádio a rádio em linha reta) até uns 100 km com o uso de uma boa antena, o sinal de rádio que chega até a ionosfera, tem sua primeira reflexão a uma distância de uns 450 km. O espaço existente de 100 a 450 km fica fora da área de captação de rádio resultando em uma zona de silêncio conhecido como mosca branca. Isso explica porque fica difícil falar do Rio de Janeiro para São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, mas é fácil falar do Rio de Janeiro para Brasília, Paraíba e até outros países que são muito mais distantes. As vezes ocorrem variações especiais na propagação capaz de burlar essa lei permitindo rápidos contatos com estações localizados nessas áreas.

Modulação

Muita confusão é feita por causa do que se diz hoje em dia com relação a tipos de modulação e frequências. Quando se diz FM, logo se pensa em um rádio que toca músicas em estéreo, o mesmo com o AM que logo se faz pensar em radinho de pilha para ouvir futebol, notícias etc... FM e AM na realidade são 2 tipos de modulação de portadora bem diferentes um do outro e pouco tem a ver com as frequências que elas modulam, mas há certas preferências com relação a modulação x frequências que acabou por causar essa confusão como usar AM (amplitude modulada) geralmente em frquências baixas e FM (frequência modulada) em freqûencias altas. Mas isso não quer dizer não é possível usar modulação em AM em transmissores de frequências altas e vice-versa. Os exemplos estão nos rádios de aviação que operam entre 110 a 136 mhz modulando em AM e a faixa do Cidadão (PX) possuindo rádios que operam em 27 mhz e modulam também em FM.
Aquele rádio que toca músicas em estéreo, é na realidade um rádio de VHF porque as emissoras que ele sintoniza, transmitem entre 88 a 108 mhz (faixa do vhf ) e o radinho de pilha que ouve futebol e notícias, é um rádio LF porque as emissoras que ele recebe, estão nas frequências de 640 khz a 1.6 mhz.


Casador de Impedância

O Casador de impedância é um pequeno aparelho que não necessita de voltagem para funcionar. É uma pequena caixa de preferência metálica com 2 conectores fêmea na traseira e 2 botões frontais que sintonizam a impedância no cabo. Internamente esse simples aparelho possui um indutor (uma bobina) entre 2 variáveis de uns 500 pf.
Geralmente é usado para evitar que uma estacionária alta (conhecido como ROE alto) proveniente de uma antena mal sintonizada ou com defeito, possa atingir o rádio afim de evitar a queima do transistor de transmissão.
Esse aparelho não corrige os problemas da antena que funcionando mal, diminui a qualidade de transmissão e recepção sendo então`muito necessariamente ser consertada. Também serve para corrigir erros de impedância entre a botina e o rádio.
Quando a impedância da antena não casa com a impedância do cabo, evidentemente a antena não responderá corretamente ao sistema oferecendo muitas perdas a cada metro do cabo e uma estacionária (R.O.E) muito acima do aceitável colocando o transceptor em risco de algum problema futuro. A solução correta para esses casos é a manutenção da antena e calcular o tamanho do cabo para que este tenha a menor perda possível a cada metro.
Só que existe alguns casos que impede qualquer tipo de manutenção como o tempo muito ruim, altura arriscada, possuir um rádio de muitas frequâncias sendo inviável o uso de uma única antena ou usar amplificadores lineares (botinas) sem ajuste na entrada. Nesses casos, uma alternativa é usar um pequeno aparelho de montagem simples e que não necessita de energia de uma fonte de voltagens para funcionar corrigindo os problemas de casamento errado entre o cabo e a antena conhecido como casador de impedâncias que é capaz de ajustar no caminho do cabo as diferenças de impedâncias com a antena protegendo o rádio de uma possível queima de transmissão. Com ele é possível ter um rádio de muitas frequências e praticamente um sistema irradiante ajustada para todos os canais do rádio sem se preocupar com R.O.E alto, ajustar a impedância de entrada dos lineares, usar antenas provisórias e muitos outros usos. Mas ele não é a solução perfeita de uma estação de radioamador pois se uma antena apresenta R.O.E alta, ela não esta cortada na frequência certa ou tem algum erro sério, isso significa que a antena está apresentando muitas perdas de ganho efetivo e mesmo usando um casador de impedâncias e ajustando a R.O.E, essas perdas não serão corrigidas mesmo com os medidores indicando baixa estacionária, na realidade a antena continua errada e o problema deve ser corrigida nela.

Ondas Curtas

Na realidade, as antigas ondas curtas captadas pelos rádios de várias faixas de ondas e RadioAmadores LF, são hoje em dia ondas bem compridas. São frequências entre 1800 khz a 21 mhz cobrindo ondas de 180 metros a 15 metros (essa largura é aproximada e depende da banda de captação de cada modelo e marca de rádio).
Se comparados ao tamanho da onda dos rádios chamados MW que sintonizam entre 560 khz a 1600 khz cobrindo as ondas de 470 a 180 metros, são realmente bem curtas. Mas hoje sabemos que o tamanho das ondas nas frequências de RadioAmador na faixa do VHF em 144 mhz, atinge a casa dos 2 metros, a faixa de UHF em 440 mhz chega a centímetros. As frequências dos satélites estão em torno de 12000 mhz ( 12 ghz ) e as Microondas então ? Só vendo no microscópio.

O cabo

Muito se pergunta sobre o cabo da estação a ser usado como o seu tamanho e melhor tipo. Inicialmente o tamanho deve ser o menor possível mas existem cálculos que respeitam a cada tipo de cabo para que se tenha a menor perda possível por metro usado. Quando o tamanho do cabo consegue interferir em uma indicação de R.O.E, significa que a antena está fora da sintonia ou de impedância e o cabo influi nesse erro podendo até ser corrigido mas somente a antena é responsável pelas frequências e o cabo é apenas a linha de transmissão que geralmente é o mesmo para vários tipos de antenas nas mais variadas frequências, isso significa que quando o "canal" é alterado, somente a antena percebe a troca e o cabo não. O resultado disso é a R.O.E considerado baixo em uma escala muito curta de frequências (menos canais).

Para obter o melhor rendimento em uma estação e consequentemente um R.O.E baixo em um número maior de canais, vai abaixo os cálculos a ser usado para cada tipo específico de cabo:

CABOS DE 50 OHMS PIRELLI RG58 ou RG213 :

Cálculo com um número ímpar do cabo usando o indexador 1,825

CABOS DE 50 OHMS CELULAR :

Cálculo com um número ímpar do cabo usando o indexador 2,25

Ao final do corte correto do cabo, deve-se ajustar a antena até a obtenção do menor R.O.E possível.
TVI (TV Interferência)

Um dos assuntos mais complicados e de grandes aborrecimentos que envolve o RadioAmador é sem dúvida nenhuma o que chamamos de TVI ( interferências em algum aparelho eletrônico provocado pelo transmissor ).
Embora um receptor de TV possua muita sensibilidade capaz de captar sinais de transmissores próximos, os aparelhos de TV da atualidade, vem de fábrica com filtros capazes de impedir a entrada de outras frequências que não sejam as que o aparelho está projetado para captar e portanto quando a interferência acontece, significa que a coisa está séria e aquele "filtrinho" colocado na antena do receptor certamente não vai resolver o problema pois a RF que está "vazando" do transmissor até a casa da "vítima", possui intensidade suficiente para que isso seja levado bem a sério. A antena do Radio Amador com R.O.E 1:1, elimina apenas um dos muitos motivos que causam as interferências e portanto essa antena não está livre de poder ser a grande culpada de tudo.
Um dos fatores que mais provoca o TVI é a geografia do local onde uma ou ambas das partes está localizado possuindo muito próximo um morro alto, uma casa com telhado de zinco, muitos fios elétricos de alta tensão um prédio etc.. que contribuem com uma fortíssima reflexão interferindo até mesmo em telefones, rádios, decodificadores de satélites etc... ou até mesmo em geladeiras, liquidificadores, chuveiros elétrico e outros aparelhos.
A solução exata para resolver esse problema, pode não estar na manutenção das antenas da TV, na antena do transceptor colocando-o com estacionária baixa ou resolvendo os problemas de casos isolados como o som, telefones, rádios etc... e sim na eliminação total da "carga" de RF que a estação do RadioAmador está injetando na casa do interferido e para eliminar essa carga, devemos :
Trocar o tipo de antena: Isso não quer dizer que a antena usada é um tipo que provoca interferências mas um tipo que não pode ser instalada naquele local. Convém lembrar que essa antena pode ser a solução de um outro local. As vezes uma simples troca de localização da antena no telhado, pode ser a solução definitiva do problema.

Porque é preciso Levantar mais alto possível a antena?

Uma antena tem seu funcionamento mais acentuado quando ela está instalada em local alto. Isso impede também dessa antena refletir em obstáculos próximos.

Usar cabos de qualidade:

Os cabos grossos e os celulares, são perfeitos nesses casos mas existem muitos tipos de cabos comuns que possuem blindagem acirradas e são de boa qualidade.
É claro que é necessário a colocação de filtros na antena do transceptor para barrar os harmônicos da frequência central mas a finalidade principal é demonstrar que se está fazendo algo para resolver o problema. As vezes colocando certos filtros baratos como os vendidos em ambulantes (camelôs) é uma solução simples que pode resolver de vez o problema, mas sempre é bom prestar atenção nas dores de cabeça que essa simples ou outras interferências pode trazer principalmente se o interferido ser um tipo de pessoa que sofre de problemas psicológicos necessitando um contato pessoal o mais pacífico possível mesmo que isso seja difícil de se fazer.
Essa cessão é destinado exclusivamente ao operador iniciante. Outros pode ter muitos anos de RadioAmadorismo mas basta um pequeno QRL e talvez este precise urgentemente se atualizar com as novas maneiras de operar, conhecer novos equipamentos e quem sabe, aprender alguma coisa aqui. A lista abaixo é uma coletânea de algumas palavras que tanto aflige o operador iniciante.

Antena Direcional

As antenas são elementos muito importantes para a estação e a forma física que elas são feitas, faz uma grande função na onda e define muitas formas de funcionamento. Alguns que desconhecem impedâncias, direções, polarizações e tamanhos, pensam que antena é apenas uma vareta colocada no alto do telhado. As antenas montadas no formato direcional e polarizadas no sentido vertical, é muito usada para contatos especialmente entre 2 pontos distintos enquanto que as polarizadas no sentido horizontal, são mais usadas para DX usufruindo da propagação.

Antena Vertical

As antenas montadas no sentido vertical, tem vários formatos variados umas das outras mas todas efetuam as mesmas características que consiste em transmitir e receber em todas as direções diferenciando apenas os seus ganhos em db.

As antenas verticais são mais usadas que as horizontais porque permite uma irradiação mais uniforme para todos os lados.


Cabo de 50 ohms

Os cabos blindados para antenas para PX ou Radio Amador,devem ter a impedância certa de 50 ohms. Esse é o valor usado em todos os transceptores para RadioAmador ou PX. Existem cabos de outras impedâncias e são bem parecidos com os de 50 ohms. As diferenças de impedâncias nos cabos implicam com a sua espessura mas muitos cabos grossos, ainda podem possuir a mesma impedância de cabos finos mas com vantagens como a durabilidade e a potência em RF que pode suportar.

Cabo de 75 ohms

Os cabos blindados de 75 ohms são especialmente usados para antenas de televisão. Mas algumas antenas de PX ou RadioAmador como as dipolos, podem funcionar melhor com o uso de cabos de 75 ohms.
Como descrito no item acima, os cabos que transportam a RF até a antena (linha de transmissão), devem ter seu valor em ohms correto para que a perda por metro não seja maior que o esperado.

Repetidora

Na faixa das frequências acima de uns 100 mhz, as estáticas vinda do sol, além de ser em quantidade menor que as frequências mais baixas, já começam a se perder no espaço depois que refletem na terra. Isso traz muitas vantagens como construções de antenas mais poderosas, receptores mais sensíveis e o uso de repetidoras.

Repetidora são aparelhos e antenas instalados geralmente em locais muito altos com a finalidade de repetir a transmissão facilitando contatos muito mais distantes entre duas ou mais estações. Consiste em 2 (ou mais) rádios sendo 1 recebendo e o outro re-transmitindo o som vindo do primeiro rádio com uma certa diferença de frequências entre eles. Essa diferença é padronizada para cada serviço mas não por todos. Os RadioAmadores que usam a faixa entre 144 mhz a 148 mhz, utilizam a diferença de 600 khz (0,6 mhz), os RadioAmadores que usam a faixa de 430 mhz a 450 mhz, utilizam a diferença de 5000 khz (5,0 mhz) e a faixa marítima que funciona em torno de 156 mhz a 162 mhz, utiliza a diferença de 4,600 khz (4,6 mhz). Porém muitos serviços como Rádio-táxi, Hospitais, Bombeiros, Polícia e muitas empresas particulares, utilizam rádios em repetidoras com as diferenças de frequências dos mais variados. Algumas repetidoras muito usadas em Rádio-táxi, funcionam de forma casada com 2 rádios, Um de UHF e o outro de VHF sendo que um transmite repetindo o que o outro recebe e vice-versa.

Abrir ou fechar a propagação

Para a alegria dos aficionados em rádio, existe na natureza, um elemento que envolve nosso planeta responsável pela reflexão de certas frequências de rádio funcionando como um satélite natural permitindo que as emissões de rádio, alcançam distancias intercontinentais. A ionosfera é a terceira camada acima do solo terrestre entre 80 a 400 km formada de diversos elementos ionizados enriquecidos pelas atividades solares com variações a cada hora do dia que determina o que chamamos de propagação. Graças a ela, é possível fazer contato com o Brasil e algumas partes do mundo mas quando isso fica difícil, dissemos que a propagação está fechada. A ionosfera pode refletir com eficiência, frequências que vão de alguns khz até 70 mhz, mas dependendo de certas condições raras ocorre reflexões eficientes de até 100 mhz.

BIP

Um simples sinal sonoro ao final do "cambio" é um bip que avisa que a outra estação parou de falar. Esse sinal pode ser um simples tom ou diversas notas em forma de código para que um painel instalado na base da outra estação de Radio identifique o outro rádio que está transmitindo. Esse método é muito usado nos rádios de Cooperativas de táxi.
Infelizmente estão sendo instalados placas de pequenos circuitos vendidos nos camelôs em forma de chaveiros que produzem efeitos sonoros especiais como musicas, explosões, gritos e outros sons conhecidos para personalizar o bip sem o conhecimento dos efeitos nocivos que esses circuitos provocam nos rádios.

Telecomandos

Em meados de 1962 quando foram inventados os primeiros 23 canais na faixa dos 27 mhz, (canais de PX), foram incluídos mais 5 entre os canais 3, 7, 11, 15 e 19 destinados a telecomandos e portanto todos os rádio fabricados na faixa de PX mesmo os atuais de 40 canais, teriam que pular essas frequências. Isso quer dizer que qualquer brinquedo de controle remoto fabricado nessa época, teria que ser fabricado funcionando em um desses 5 canais.
Porém os usuários da faixa PX tem aumentado muito e os fabricantes de aparelhos e brinquedos, tiveram que "fugir" dessas frequências para outras mais elevadas e seguras e nesse caso, as frequências de telecomando foram abandonadas. Atualmente são muito usadas por pessoas que possuam rádios chucrutados que funcionam nesses canais.

Tabelas de rádio

Atualmente a maioria dos rádios fabricados na faixa de 27 mhz (PX) possuem apenas 40 canais e sempre há uma necessidade de aumentar esse número para o máximo possível sem forçar componentes ou desestabilizar as frequências internas. Quando isso é feito, são acrescentados ao rádio algumas chaves extras ou é usado algumas das chaves já existentes no painel se estes não tiverem muitas utilidades. O número de canais apresentados no dígito ainda é o mesmo e para que se tenha um controle desses novos canais, é apresentado uma tabela de canais que consiste em uma folha (ou folhas) com as indicações das chaves e os números dos dígitos com os novos canais indicados.
Alguns rádios já vem de fábrica com canais além dos 40 porém sem mudar os dígitos e apresentando chaves especiais para que se tenha acesso a eles. Mas os fabricantes não apresentam uma tabela representativa pra isso e nesse caso faz-se separadamente uma tabela apropriada.

Antena Dual band

As antenas de RadioAmador tem suas formas e funcionamentos dos mais variados e muitas delas fazem coisas que parecem mágica e que fica difícil acreditar. Entre essas coisas, estão as antenas Dual banda que funcionam conjuntamente em UHF e VHF com a possibilidade de transmitir em uma frequência enquanto recebe na outra sem que nenhuma interferência aconteça entre essas bandas.

PT5, PT6, PT8, etc...

As antenas PT são na realidade uma cópia fiel das antigas e famosas antenas de autoria americana com o nome de HI-GAIN. Essas antenas possuem uma bobina que copia as mesmas características das antigas antenas da marca LAFAIETTE que carinhosamente receberam o nome de "dinamite" por ser muito parecida com uma banana de dinamite.
Muitos fabricantes de antenas aderiram a esse método inventado pela LAFAIETTE copiando quase que fielmente as antenas da HI-GAIN apenas mudando o nome e a qualidade do material empregado. O número que segue o nome, é a quantidade de radiais que a antena possui.

Comunicado Ponto a ponto

Quando duas ou mais estações estão se comunicando entre si na mesma frequência sem o auxílio de uma repetidora artificial, diz se que estas estações estão ponto a ponto. O termo também é empregado se houver ajuda de uma repetidora natural (propagação pela ionosfera) pois as frequências que estas estações operam ainda são sempre as mesmas não necessitando o uso de um "off-set" como acontece quando se usa uma repetidora montada artificialmente.

Eletreto

Até meados de 1990, as cápsulas de microfone de qualquer transceptor eram sempre feitas com uma fina bobina colada ao diafragma acompanhadas de um imã fixo para identificar as variações da voz quando a bobina é movimentada pelo diafragma. Esse é o sistema dinâmico pois a bobina possui um valor que varia de 200 a 700 ohms.
Atualmente a maioria dos fabricantes de rádios transceptores adotaram o eletreto como cápsula. Esses componentes de valor interno de até 1200 ohms (1,2 k) consiste em um transistor especial com um dos seus elementos ativos ligados ao um fino metal que detecta a voz e transfere ao transistor que amplifica e transfere ao rádio. Esse método é muito mais eficiente e durável mas é necessário um pequeno circuito eletrônico para polariza-lo porque não funcionam se ligando diretamente ao rádio.

Duplexador

São fabricados atualmente muitos transceptores com mais de uma banda padrão. São denominados Dual band porque possuem 2 bandas geralmente UHF e VHF, Trial band porque possuem 3 bandas como UHF, VHFL e VHFH e Multi band porque possuem muitas bandas (ou banda corrida) como 10 metros, 11 metros, 15 metros, 40 metros, 80 metros etc... Alguns desses transceptores vem de fábrica com vários conectores de antena para funcionar com uma antena apropriada em cada conector. Mas existe muitos modelos de antenas modernas com capacidade para funcionar em mais de uma banda com apenas 1 conector e 1 único cabo. Nesse caso é necessário o uso de um duplexador que é um pequeno aparelho com 1 conector em um dos lados e 2 ou 3 conectores no outro lado. Sua função é ligar vários rádios de bandas diferentes (ou rádios dual band) em uma única antena dual ou trial..

Off Set

Esse estranho termo em Inglês nada mais é que a diferença que um rádio faz entre transmissão e recepção quando em uso com uma repetidora artificial. Em determinadas frequências como as faixas de RadioAmador em VHF e UHF ou nas faixas marítimas, o off-set é padrão (sempre o mesmo valor para toda a faixa) mas em outras faixas como as comerciais, serviços, polícia etc... é diferente entre eles.


Medidor de ROE:

Existe uma necessidade de se saber se antena está realmente casada com com a frequência de operação do transmissor. Isso é muito importante para o perfeito funcionamento do sistema e evitar que haja queima de componentes importantes. Para saber se a antena está legal, usa-se um pequeno aparelho portátil que não precisa ser ligado a rede elétrica que se chama Medidor de R.O.E. Esse simples aparelho possui 2 conectores, 1 ponteiro (vu), uma chave HH e um botão para ajuste fino. Ele é ligado entre o transmissor e a antena usando um pequeno rabicho (veja rabicho) e assim é possível saber a quantidade de retorno da antena que não pode ser maior que 1:1,5.

PLL

Os primeiros transceptores usavam um tipo de sintetizador controlado a cristais que junto faziam uma séries de canais com bem menos cristais. Para se conseguir 23 canais, eram necessários 14 cristais e isso era muito ainda.
Foi então inventado um integrado PLL que acabou de vez as grandes quantidades de cristais dentro do transceptor . Atualmente um rádio fabricado com PLL possui no máximo apenas 4 cristais (não conta os cristais de filtro do receptor).
Convém lembrar que é através do PLL que é possível aumentar o número de canais de um transceptor mas no Brasil, esse tipo de componente é em alguns casos quase impossível de conseguir e custa caro.
Sobre-modular
Em termos normais, modular significa falar ao microfone inserindo módulos que são representados pela voz do operador a portadora de transmissão que podem ser em amplitude, frequência ou cw. Sobre-modular é transmitir na mesma frequência do colega e ao mesmo tempo tentando falar por cima dele e certamente conseguirá fazer isso para quem está mais próximo.
Não é correto tentar "sobre-modular o colega" pois isso é considerado falta de respeito ao amigo que não sabe que está sendo atrapalhado.

Antena Fantasma

Antena fantasma também chamada de carga fantasma é um tipo de antena que não tem varetas, polarização ou direção mas tem impedância correta de 50 ohms. Consiste em uma lata razoavelmente grande com um único conector fêmea instalada em um dos lados e contendo em seu interior alguns resistores de carvão com potência de até 2 watts e muita areia para dissipar o calor produzido pelos resistores que são montados em um conjunto de série-paralelo para fazer o valor interno de 50 ohms com capacidade de suportar até 500 watts dependendo da montagem.
Essa montagem estranha funciona como uma antena comum a qualquer frequência oferecendo um valor de ROE 1:1 mas sem irradiar a transmissão possibilitando qualquer tipo de teste ao transmissor ou botinas sem importunar os colegas ou causar interferências em qualquer aparelho mesmo muito próximo. Essa carga fantasma pode ser facilmente encontrados nas lojas de antenas para o Rádio-Amador mas sua montagem é tão simples que quase todos poderá montar um. Consiste em colocar um conector fêmea ligado a 4 resistores de carvão (não serve usar resistores de fio) no valor de 220 ohms e 2 watts cada em paralelo colocados dentro de uma lata tampada e totalmente cheia com areia.

Jogar oudar Portadora

Ao exato momento que o PTT é apertado, o rádio começa a transmitir um sinal de RF na frequência do canal escolhido e agora é só falar. Esse é o procedimento padrão para o uso do rádio transceptor e assim se faz muitos amigos. Porém é com esse mesmo procedimento que se faz possível interferir em outra estação e arrumar inimizades.
Basta transmitir junto com a outra estação propositalmente e não falar nada ou fazer barulho. Isso é jogar portadora e é uma prática ruim.

Retorno de áudio

Retorno de áudio é uma moda atual não muito aceita por mim ou pelos técnicos de rádio transmissores (mesmo).
A arte de ouvir a própria voz no auto-falante do rádio, causa microfonias e impede de se usar microfones sensíveis ou amplificados. Além de obrigar o integrado de áudio trabalhar mais intensamente que o normal. Alguns modelos de rádios Americano como o VOYAGER, já vem de fábrica com câmara de eco e consequentemente o retorno facilitando a calibragem do eco. Mas leva-se em conta que a modulação ainda é de fábrica com apenas 60% de sensibilidade e ganho funcionando bem com o retorno mas fica muito difícil fazer qualquer trabalho de melhoria na modulação ou potência.

Botina, bota ( Amplificador Linear de RF )

Um aparelho valvulado ou transistorizado que tem a finalidade maior de aumentar a potência de um transmissor, recebeu o nome de Botina ou bota porque o que ele faz é dar um "chute" na RF para ir mais longe. O nome correto é Amplificador linear de RF porque amplifica a RF que sai do transmissor para um número maior de watts permitindo "chegar" mais longe. Em alguns modelos de "botina", os fabricantes incluem um outro circuito chamado de booster capaz de amplificar a recepção do transceptor em até 40 watts.
É muito importante dizer que É PROIBIDO o uso desse tipo de aparelho se usado na faixa dos 11 metros (PX) e nem todos os RadioAmadores poderão usar dependendo da classe da licença e potência do linear.

Câmara de eco

Alguns modelos de rádios da marca Voyager, Galaxie, Alan e outros, já estão sendo fabricados com uma placa de eco no seu interior com a finalidade de produzir um lindo efeito de eco na modulação. A placa de circuito desses modelos, possuem tomadas especiais prontas para a colocação desse tipo de eco, mesmo os modelos que vem c omo opcional ou não. Essas placas de eco, são fabricadas para funcionar em qualquer rádio transceptor por estarem preparadas para drenar invasões de RF. PTT's fabricados com eco e outras placas externas para eco para receber o próprio PTT do rádio, também são recomendados.
Jamais coloque outras placas como pedais de guitarra ou aparelhos de efeitos fabricados para mesas de PA.

Modular

Modular é o mesmo que falar ao microfone quando o rádio está em transmissão. Esse termo é usado porque a portadora de transmissão tem sua ondulação em forma de módulos de acordo com o tipo de modulação.
Quando o PTT é apertado (pressionar a tecla lateral), o transmissor transmite mas somente a portadora e quando se fala ao microfone, essa portadora modula de acordo com a voz do operador.

TVI

Quando surgiram os primeiros RadioAmadores, Ainda não existia a televisão e os aparelhos sonoros como o rádio, era, valvulados com muitos poucos riscos de sofrerem interferências de um transmissor próximo. As primeiras interferências registradas apareceram quando surgiu a televisão e foi denominada TVI (tv interferência).
Atualmente existem muitos aparelhos com sensibilidade suficiente de sofrerem essas interferências como o computador, telefones, rádios e até sons e se ocorrerem, diz-se estar causando TVI.

Quadra Cúbica

São muitas as variedades e tipos de antenas com capacidades, polarizações e direções variadas. Dentre todas, a mais famosa é a Quadra Cúbica (cúbica de quadro) porque confere todos os itens das melhores antenas.
Considerada uma antena de luxo,a quadra cúbica é uma antena poderosa de tamanho pouco exagerado em comparação as outras da mesma banda mas polariza vertical e horizontal simultaneamente e possui grande capacidade de direção e potência. Sua aparência lembra vários quadros (dependendo da quantidade) em fila sendo umas menores e outras maiores.

Batimento de onda

Ao receber duas ou várias emissoras de rádio operando quase ou na mesma frequência, ocorre um tipo de apito que é gerado pelo "batimento de onda" dessas emissoras. Isso acontece muito nas faladas ondas curtas por causa da propagação que permite receber em intensidades aceitáveis emissoras de rádio de várias localidades do mundo sem que uma atrapalhe a outra.

Ouvir a entrada

Ouvir a entrada é um termo muito usado nas frequências altas que já se faz necessário o uso de repetidoras.
Uma repetidora usa sempre 2 frequências para funcionar sendo uma na entrada e outra na saída. Quando se usa uma repetidora, o transceptor estará recebendo na frequência de saída enquanto que o colega transmitindo estará na frequência de entrada e vice-versa. Para saber se é possível ouvir a transmissão do colega vindo diretamente do transmissor dele, basta programar o rádio para receber a frequência de entrada da repetidora.

Filtro de cavidade

O filtro de cavidade é uma peça importante e obrigatório por lei em qualquer repetidora instalada no Brasil tanto para o RadioAmador como para qualquer outra empresa. É formada por 2, 3 ou 4 grandes bobinas uma ao lado da outra para filtrar e deixar passar somente a frequência desejada ignorando interferências vindo de outras repetidoras e até mesmo o canal ao lado. Essa peça é muito importante e traz grandes benefícios.

Sub-Tom

Esse recurso especial somente encontrado nos rádios VHF e UHF, permite bloquear interferências indesejáveis tanto provocado por outras estações como estáticos. É o Sub-tom que funciona como uma senha para liberar o squelch ou fazer outras funções importantes que são os mais variados. Se um rádio estiver com seu receptor bloqueado por um dos números de sub-tom, este somente aceitará ou vai abrir o som se a estação que receber conter em sua portadora o mesmo número de sub-tom. São cerca de 45 sub-tons diferentes e seu uso é bastante semelhante ao controle remoto podendo ligar ou desligar repetidoras, diminuir potências, gravar mensagens, ligar outros aparelhos e muitas outras funções.

Rabicho

Esse é um simples nome para um simples cabo de aproximadamente 45 cm e com 2 conectores macho sendo 1 em cada ponta. Serve para ligar outros aparelhos ao rádio como botina, booster, casadores etc. Recomenda-se o uso do "rabicho" com tamanho inferior a 65 cm e com cabo de boa qualidade.

Chucrutar o rádio

A maioria dos transceptores de PX americanos vem de fábrica com uma antiga legislação inaceitável para os padrões Brasileiros. Nesse caso o nível de áudio na modulação que deveria estar em 90%, são de apenas 60% e a quantidade de watts na potência do transmissor de deveria estar com 7 watts em AM e 21 watts em SSB (ou banda lateral) são de apenas 4 watts em AM e 12 watts em SSB. A quantidade de canais que no Brasil é de 60, são de apenas 40. A arte de efetuar as devidas melhoras no rádio como aumentar a potência, sensibilizar o microfone, quebrar o queixo e o aumento de canais até mesmo para um número bem acima do permitido, chama-se chucrutar o rádio.

Banda Lateral

A Banda lateral é o mesmo SSB antigo apenas com a diferença de que esta foi dividida em 2 modos, o LSB que é a supressão apenas na metade inferior da portadora e o USB que é a supressão apenas na metade superior da portadora. O LSB e o USB funcionam do mesmo jeito com uma a impressão que são iguais mas nota-se logo a diferença quando se percebe que um modo não fala com o outro modo.

Aterrar a antena

As antenas móvel usam a própria lataria do carro como parte de seu elemento. Isso quer dizer que quando uma antena para carro é comprada, foi adquirida apenas uma parte dela. A outra parte é a própria lataria do carro que é uma parte muito importante e tem que ser levado a sério. Portanto quando a antena móvel é instalada, esta deve ser aterrada a lataria do carro para funcionar corretamente.
Porém é muito importante lembrar que esse aterramento não pode ser feito através de fios comuns e sim no ato de prender a antena na mala eu calha. Se isso não acontecer, a antena fica com a estacionária alta significando o mal funcionamento do rádio e a possibilidade de queima do transistor de saída.

Fonte estabilizada

As fontes que alimentam os rádios transceptores devem ser estabilizadas, com boa amperagem e com voltagem que variam em torno de 12 a 13,5 volts. Por ser um componente muito importante na vida do rádio, deve-se tomar muito cuidado com a qualidade desse tipo de aparelho já que um defeito pode causar danos sérios ao transceptor. Lembro que as fontes de computador modificadas, oferecem alta capacidade de estabilização e faz o transceptor funcionar muito bem mas eu comparo isso a uma usina nuclear que é muito poderosa quando tudo vai bem mas se falhar, os prejuízos são incalculáveis.

Dentel

Departamento Nacional de Telecomunicações foi o órgão fiscalizador de radiodifusão que fiscalizava também os RadioAmadores. Funcionou até a gestão presidencial de Fernando Collor quando foi mudado para DICOM (?) e depois para ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações).

Canais negativos e positivos

Quase que todas as marcas de transceptores usados no Brasil são de fabricação Americana ou Japonês. Nesse caso os transceptores fabricados para a faixa dos 11 metros (PX) possuem apenas 40 canais que é considerado muito pouco para a maioria dos Brasileiros. Sabendo-se que no Brasil a liberação é de 60 canais, aumenta ainda mais a necessidade de ter os demais 20 canais que faltam e como os integrados sintetizadores de frequência (PLL) tem condições de fazer um aumento bem superior ao 60, o resultado final são os muitos ou quase todos os transceptores PX modificados para muitos canais negativos ( abaixo do canal 1 ) e canais positivos (acima do canal 1) que ao todo podem somar até 600 canais sendo os próprios 40 canais, a primeira parte dos canais positivos.
Só que a portaria 01/80 de 1981 que liberou os 60 canais no Brasil, cita em um dos itens que é proibido efetuar qualquer que seja alterações técnicas nos equipamentos transceptores sob pena de multas e cassações de licença da estação. Isso quer dizer que é proibido mesmo se modificando o transceptor para apenas 60 canais.

Frequencímetro

O frequencímetro é um equipamento com entrada sensível e com a função principal de medir as frequências de cristais (ligados no oscilador), frequências de transmissores e osciladores em geral. São muitos os modelos que vai de uma simples medidor de frequências com capacidade de até alguns MHZ até ao moderno contador de data, tempo, período etc... com capacidade de até alguns GHZ (frequência X 1000000) com memórias pra facilitar a leitura.


Quebra queixo

Os transceptores fabricados para a faixa dos 11 metros (PX) que possuem SSB ou banda lateral (LSB e USB) tem um botão para efetuar a sintonia fina nessas modalidades. Só que a legislação Americana proíbe que esse botão funcione durante a transmissão que "trava" a sintonia no ponto central da frequência perdendo a sua função no modo transmissão que só retorna quando o equipamento volta para o modo recepção. Isso é chamado de "queixo duro" e é muito ruim para sintonizar diversas estações em uma "rodada" pois não ficam todos na mesma posição de sintonia obrigando a uma constante movimentação desse botão todas as vezes que o outro vai falar.
O "quebra queixo" é a alteração técnica feita no circuito que é ligado a esse botão para que ele continue sintonizando mesmo quando o transceptor está no modo transmissão. Isso quer dizer que ao sintonizar a voz do colega, o mesmo não precisará sintonizar novamente e assim será para todos que também estiverem com o "queixo quebrado". Convém lembrar que "quebrar o queixo" não é aumentar a largura de sintonia do botão como muitos pensam.

Matéria retirada de http://www.abordo.com.br/labre-df/curiosidades.htm com algumas alterações.
Link Original:
http://www.grupocdr.com.br/materia16.html

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A SEGURANÇA NA ESTAÇÃO DE RADIOAMADOR


Abordaremos alguns ascpectos sobre a prevenção contra choques elétricos e sobre operação segura em estações de radioamadores.



Como radioamadores licenciados, todos possuímos, em nossas estações, um ou mais equipamentos energizados através da rede elétrica de 117 ou 220 volts. Até os equipamentos transistorizados, muitas vezes, operam a partir de fontes de alimentação, conversoras ou carregadores de bateria conectados à rede domiciliar de corrente alternada.



Quando bem utilizados, estes equipamentos oferecem considerável segurança quanto ao perigo de choques elétricos acidentais, por exemplo. Nunca é demais, contudo, relembrar alguns pontos básicos que convém termos sempre em mente, para a perfeita manutenção da segurança em nossa estação.



Em primeiro lugar, evite operar equipamentos com gabinete aberto, sem tampas de proteção. Este aspecto é importante não apenas para a proteção contra choques elétricos, causados pelo contato acidental com algum componente com potencial de tensão elevado, mas também para o perfeito funcionamento do aparelho. Transmissores sem blindagens adequadas, por exemplo, além de oferecerem riscos à vida dos operadores, pelas altas tensões presentes em seus circuítos, freqüentemente também irradiam sinais indesejáveis, capazes de provocar interferências em televisores, etc.



Assim, cuide para que o gabinete do seu transceptor esteja sempre bem fechado, com boas conexões elétricas nas suas junções. Não é incomum que - principalmente com alguns equipamentos novos - às vezes seja preciso lixar levemente alguns pontos, sob a parte inferior da tampa, junto aos parafusos de fixação, para remover um pouco da pintura e garantir um bom contato elétrico. Utilizar pequenas arruelas de pressão, denteadas, nos parafusos de fixação, pode ser, igualmente, uma boa alternativa.



Estude a possibilidade de instalar um bom terminal de terra para conectar aos equipamentos de sua estação. Um terminal de terra eficiente, é importante ressaltar, embora seja de difícil construção, em termos de radiofreqüências, pode ser fundamental na proteção do operador contra choques elétricos. Em especial para radioamadores iniciantes na atividade, operando nas faixas baixas de HF, com pouca prática no manejo de equipamentos eletrônicos. Informações complementares sobre o tema podem ser obtidas em todas as edições do RADIO AMATEUR’S HANDBOOK, da ARRL, bem como no livro TVI, etc., de autoria do nosso amigo e colega Odi Melo.



Verifique, regularmente, o estado dos plugues e cabos de ligação dos equipamentos existentes na estação. Não permita que pontas desencapadas ou fios com isolamento deficiente, ligados à rede de corrente alternada, fiquem expostos. Revise também o estado das tomadas elétricas da parede, bem como o estado da própria fiação. Não é preciso lembrar que equipamentos de radioamadores podem solicitar correntes bastante respeitáveis da rede. Para evitar riscos de aquecimento da fiação elétrica, perigo de curto-circuíto, etc., é necessário que os condutores da rede de energia que abastece toda a estação sejam de bitola adequada (2 milímetros de diâmetro ou mais), bem como que estejam corretamente instalados no interior de conduites, etc.



Uma outra recomendação importante: para a máxima segurança na estação, o ideal é que o radioamador, ao ausentar-se da estação, possa desligar todos os equipamentos submetidos à tensão. Assim, procure colocar um interruptor geral no recinto da estação, em especial quando existirem crianças na família. Desta forma, não só o operador estará protegido contra choques acidentais, quando não estiver utilizando os equipamentos da estação, mas também os eventuais freqüentadores do “shack”.



Ao instalar um interruptor geral para a sua estação, prefira os que possuam fusíveis internos e que sejam do tipo duplo, isto é, que desliguem tanto o “vivo”, como o “neutro” da rede elétrica. Isso evitará que descargas elétricas oriundas de raios que atinjam, eventualmente, a rede, durante tempestades, possam danificar os seus equipamentos.



Depois, habitue-se, ao ausentar-se da estação, a desligar sempre o interruptor geral do “shack”. Uma boa alternativa para que você possa lembrar-se de desligar o interruptor geral é instalar junto ao mesmo, uma lâmpada piloto neón. Quando acesa, funcionará como aviso de que os equipamentos estão energizados e que portanto, o interruptor geral precisa ser desligado quando você encerrar os trabalhos na estação. Instale o interruptor geral com a lâmpada piloto de advertência em local bem visível, de preferência próximo à porta de acesso à estação. Instrua também os demais membros da família sobre o funcionamento do interruptor, esclarecendo como desligar a rede elétrica da sua estação.



Essa providência poderá ser útil em casos de acidente, principalmente quando você estiver, na oportunidade, afastado de casa.



Como vimos, o funcionamento da sua estação de radioamador não deve oferecer qualquer risco a você e à sua família ou ao seu patrimônio. Em eletricidade, nunca é demais repetir, o melhor é prevenir que remediar.



Assim, seja zelozo na instalação e na mautenção dos equipamentos da sua estação. Faça com que todos os seus aparelhos estejam no interior de gabinetes de metal, e que estejam conectados a um bom terra. No caso de algum curto-circuito ou de uma pane em um componente qualquer, o máximo que pode acontecer, quando os equipamentos da sua estação estiverem corretamente aterrados, será o rompimento de algum fusível de proteção. E não um choque elétrico potencialmente fatal, causado pelo contato do operador com o gabinete metálico.



Vamos ver agora algumas dicas que podem ser úteis para tornar os seus equipamentos mais seguros, em especial para os que apreciam a experimentação e as montagens caseiras.



Reserve o máximo de cuidado possível no projeto e na construção das fontes de alimentação de seus aparelhos eletrônicos. Fios, cabos e conexões devem ficar perfeitos, com boas ligações elétricas e boa isolação dos demais pontos do circuito.



Escolha capacitores de boa qualidade para a instalação, quando o projeto assim o exigir, entre os lides do primário do transformador de alimentação e a massa. Use capacitores com, no mínimo, 1.600 volts de isolação.



Na saída de fontes de tensões elevadas, procure instalar resistores de drenagem, com bastante folga em sua dissipação, após os capacitores eletrolíticos. Os resistores de drenagem servem para evitar choques, que podem ser fatais, causados pelo contato acidental com os terminais dos capacitores eletrolíticos, capazes de armazenar cargas perigosas mesmo muito tempo depois que o equipamento foi desligado da rede.



A propósito ainda de fontes de alimentação, lembre-se que no projeto de circuitos dobradores ou multiplicadores de tensão, alguns capacitores eletrolíticos estarão com a sua carcaça “viva” ou seja, com potencial fornecido pela fonte, oferecendo risco de choques elétricos. Neste caso, além de isolar estes componentes do chassís, é importante envolvê-los em algum invólucro isolante, caso já não possuam. Isso evitará o contato acidental do operador com a carcaça metálica do componente, ao manusear o equipamento.



Nas fontes de alimentação de alta tensão, o recomendável é utilizar interruptores de segurança do tipo “NF”, normalmente fechado, acoplados às tampas de acesso ao gabinete. Os interruptores devem estar conectados de tal forma que, sempre que for preciso abrir a tampa do aparelho, o fornecimento de energia ao circuito seja automaticamente cortado. Este recurso também deve ser utilizado nos estágios de saída de transmissores valvulados, amplificadores lineares, etc., onde existem, normalmente, tensões e correntes bastante elevadas.



Ao fazer qualquer reparação nos equipamentos de sua estação, desligue-os, antes, da rede elétrica.



De uma forma geral, todos supomos que as tensões elétricas muito elevadas é que são as mais perigosas. Tal noção, contudo, não é correta. Na verdade, conforme comprovam as estatísticas, muito mais gente morre, todos os anos, por choques elétricos de baixa tensão, como os da rede doméstica de corrente alternada, do que com altas tensões. Há episódios fatais de choques acontecidos até com as tensões existentes na rede telefônica, com as vítimas tomando banho de imersão, por exemplo. A literatura médica também registra casos fatais com choques fracos de corrente alternada de apenas 25 volts.



A eletricidade pode lesar o corpo humano de várias maneiras. Pode agir sobre o SNC, Sistema Nervoso Central da vítima, ou sobre o coração, produzindo perda reversível da consciência ou a morte. O calor produzido pela ação da passagem da corrente elétrica pode também coagular os tecidos e produzir necrose. Por último, a tetania, ou seja, os espamos musculares violentos provocados pelo choque podem causar lesão dos ossos ou dos tecidos moles.



Cumpre destacar que a corrente é ainda mais importante que a tensão na severidade do choque. A intensidade da corrente elétrica depende da tensão e da resistência dos tecidos, principalmente da pele. A resistência da pele diminui com a presença de umidade. O suor, por exemplo, reduz drasticamente a resistência da pele: quando está seca, fica entre 100 e 600 mil ohms; quando molhada, pode cair a 1.000 ohms ou menos. A resistência interna do corpo humano é muito menor. É por esta razão que a corrente se torna muito mais perigosa se entrar no corpo através de um corte ou outro tipo de ferimento na pele, como uma queimadura, o que pode acontecer quando o contato com a fonte de eletrocussão é prolongado.



Corrente da ordem de 200 microampéres e menores passam pelo corpo sem efeito algum. Correntes da ordem de um miliampére produzem contrações musculares. Podem ser tão intensas que impedem a vítima de livrar-se do circuito. Em geral, os homens podem libertar-se de correntes de 9 miliampéres ou menos, enquanto que o valor máximo para as mulheres é de 6 miliampéres. Correntes de 15 a 20 miliampéres também provocam dor e paralisia, impedindo que a vítima possa se libertar sem auxílio.



Uma corrente elétrica de 100 miliampéres, fluindo das mãos para os pés, por exemplo, pode produzir fibrilação ventricular, isto é, o funcionamento errático do coração ou até a sua parada. Já as correntes entre 300 e 200 miliampéres são duplamente perigosas, porque tendem a provocar fibrilação ventricular e paralisia respiratória.



O que fazer para socorrer uma vítima de choque elétrico? Em primeiro lugar, livrar imediatamente a vítima da corrente elétrica da fonte de eletrocussão. Cuidado para, ao tentar salvar a vítima, você também não seja atingido pela corrente elétrica. Após a liberação da vítima, iniciar a respiração artificial, se cessou a respiração espontânea, bem como a massagem cardíaca. Tanto a respiração artificial como a circulação artificial devem ser mantidas até a chegada de socorro médico, ou até que se tenham restaurado, satisfatoriamente, as respectivas funções. Estas medidas são muito importantes para a ressuscitação de vítimas de choques elétricos. Estudos médicos evidenciaram que, nas pessoas em que se aplicou a respiração artificial num período de três minutos ou menos após o choque, a taxa de sobrevivência foi de 73%.



Como vimos, não se iluda com a idéia de que apenas as altas tensões são perigosas. Tudo depende da intensidade da corrente. Podemos conhecer a intensidade da corrente aplicando a fórmula derivada da Lei de Ohm: a intensidade da corrente é igual a tensão dividida pela resistência.



Vejamos um caso prático. Qual a intensidade de uma corrente de 110 volts, percorrendo uma pele cuja resistência seja de 500 ohms, por exemplo? Aplicando a fórmula, veremos que a intensidade da corrente será de 220 miliampéres. E, como comentamos anteriormente, uma corrente desta ordem é potencialmente fatal, pois pode produzir fibrilação ventricular, parada respiratória e espasmos musculares generalizados, que impediriam a vítima, mesmo que se mantivesse consciente, de libertar-se sozinha da fonte do choque elétrico.



Até tensões tão baixas como 12 volts podem ser perigosas, teoricamente, se a resistência da pele for igualmente baixa. Uma tensão de 12 volts percorrendo uma pele com uma resistência de 100 ohms, por exemplo, terá uma intensidade de corrente de 120 miliampéres. Uma resistência de 100 ohms pode ser encontrada entre uma orelha e a outra, em alguns indivíduos, ou então, em áreas de pele não protegidas, como em cortes ou ferimentos.



Moral da história: em eletricidade, nunca é demais repetir, mais vale prevenir que remediar. Seja rigoroso na manutenção da segurança em sua estação, ou em sua bancada de eletrônica. Não permita que a eletricidade possa representar um risco à sua vida.



Uma observação final: não esqueça também da segurança do seu sistema irradiante. Não levante torres ou mastros metálicos próximos à rede elétrica. Não instale a sua antena em pontos tais que, no caso de queda por vendavais, possa interceptar, na sua trajetória, qualquer fiação de energia elétrica. Estaie convenientemente todas as estruturas metálicas utilizadas para a sustentação das antenas da sua estação. Ao levantar mastros, torres, postes, etc., solicite, antes, o auxílio da concessionária local de energia elétrica. Caso necessário, o pessoal da empresa interromperá o fornecimento de eletricidade nas cercanias de sua estação, caso seja constatado qualquer risco de contato acidental com a rede.



Fontes consultadas:



- The Radio Amateur’s Handbook, da ARRL

- Tratado de Medicina, de Baeson e McDermot

- Revista Eletrônica Popular, março/abril de 1970

- TVI, etc. - Um Estudo para Radioperadores, de Odi Melo, Antenna Edições Técnicas, 1986


Colaboração: Ivan Dorneles Rodrigues - PY3IDR

email: ivanr@cpovo.net



Link Original:
http://www.radioamador.com/tecnica/seguranca.asp

CARTÃO COMEMORATIVO RODADA PADRE LANDELL DE MOURA: 25 PARTICIPAÇÕES

domingo, 17 de janeiro de 2010

A ionosfera, reflexão e propagação de ondas de rádio


Ionosfera

A radiação Solar se choca com átomos de oxigênio e nitrogênio e deslocam seus elétrons nas camadas superiores da atmosfera criando assim IONS, os quais são carregados positivamente. Existem quatro regiões distintas de gás ionizado no espaço compreendido entre 50 km até aproximadamente 500 km. Juntas, estas regiões formam o que denomina-se IONOSFERA.

A ionosfera refrata as ondas de radio de freqüências especificas, primariamente a faixa de HF ( conhecida como Ondas Curtas de 3 MHz a 30 MHz ). É esta refração da energia de radio que torna as comunicações de radio possíveis ao longo do mundo. Este fenômeno da refração é similar ao aparente "entortamento" de uma caneta quando submersa em um recipiente de água.

A camada D é a região mais baixa da Ionosfera.
Alcança a máxima ionização durante a tarde mas os seus íons se dissipam rapidamente.
Esta camada é responsável por absorver as freqüências de radio, e não refratar. Quanto mais ionizada está a camada D, maior a absorção da energia do radio. As freqüências acima de 10 MHz não são prontamente absorvidas pela camada D, mas as bandas mais baixas são geralmente sem uso para a comunicação de longa distancia durante o dia, devido a este fenômeno.

Similar a camada D, a camada E dissipa seus íons rapidamente quando o Sol não esta brilhando sobre esta e assim é apenas um fator de maior relevância durante o dia.
Porem, diferente da camada D que absorve o espectro mais baixo das Ondas Curtas até Ondas Medias e permite as freqüências mais altas passarem através desta, a camada E pode refratar sinais de radio e causar seu batimento de volta para a Terra.

De noite, quando a camada E é muito fraca, os sinais de radio tendem a passar diretamente através dela. Algumas vezes, até sinais de VHF são refratados pela camada E, causando interessantes efeitos na propagação desta faixa.

As camadas F1 e F2 são agrupadas na chamada Região F. De fato, elas se combinam em um única camada durante a noite.
A Região F é a mais importante para as comunicações de longa distancia em Ondas Curtas. Esta camada retém sua ionização por mais tempo que as outras camadas e permanece ionizada durante a noite, mesmo não sendo de forma tão densa. Sua intensa ionização durante as horas do dia refratam as altas freqüências mas á noite ela irá normalmente permitir que passem através dela. As baixas freqüências, abaixo de 10 Mhz serão refratadas de volta a Terra durante a noite.

A noite, a camada D desaparece e a E se torna muito fraca pois não podem permanecer ionizada por muito tempo.

Também, as camadas F1 e F2 se combinam para criar uma camada única. As freqüências mais baixas agora se tornam muito úteis já que a camada D não mais está presente para absorvê-las.
Este é o motivo porque podemos ouvir estações de radio em Ondas Medias e Ondas Curtas localizadas algumas vezes a milhares de quilômetros durante a noite.

As mesmas altas freqüências que são úteis durante o dia podem passar direto através da Região F durante a noite.

A freqüência mais alta que pode ser refratada denomina-se MUF - Maximum Usable Frequency - Freqüência Máxima Utilizável.
É geralmente uma boa idéia usar um comprimento de onda próximo a MUF porque freqüências mais baixas podem estar mais suscetíveis a absorção e se tornarem degradadas.

Algumas vezes a MUF cai abaixo de 5 MHz devido a região F fraca ou perturbada.
As labaredas solares podem causar tais perturbações. Os pontos baixos do ciclo solar também não ajudam.

Índices de propagação

As condições correntes na ionosfera irão afetar enormemente como os sinais de radio em diferentes freqüências irão se propagar. As manchas solares ajudam a aumentar a habilidade da ionosfera em refratar as ondas de radio em HF enquanto as labaredas solares podem causar distúrbios na ionosfera conhecidos como tempestades geomagnéticas. Uma ionosfera com distúrbios irá absorver mais sinais de radio em HF do que propagá-los.

Numero de Manchas Solares: números elevados de manchas solares ( sunspots ) indicam acréscimo na radiação ionizante gerada pelo Sol a qual melhora a habilidade de refração de sinais de HF. O numero de manchas solares pode varia de zero até 200 durante o pico do ciclo de 11 anos de atividade solar.

Fluxo Solar: Similar ao numero de manchas solares, o valor do fluxo solar é realmente uma medida dos sinais de radio gerados pelo Sol. Este índice é tomado diariamente na freqüência de 2800 MHz ( 10,7 cm de comprimento de onda ). O aumento do ruído de radio do Sol significa mais radiação ionizante e se correlaciona com o numero de manchas solares. O valor do fluxo solar varia de 60 (sem manchas solares) até 300.

Índice A: o índice A descreve as condições geomagnéticas das ultimas 24 horas. Podem variar do intervalo de 0 até acima de 400 mas é raro observar valores acima de 100. Geralmente verificaremos índices A variando entre 4 e 50. Valores abaixo de 10 são desejáveis para as comunicações em Ondas Curtas e Medias. Números altos do índice A podem significar excessiva absorção das ondas de radio devido ao acréscimo das condições de tempestade na ionosfera.

Índice K: O índice K é similar ao índice A, mas reflete condições das ultimas 3 horas e seus valores variam de 0 até 9. Números baixos significam condições de ionosfera quieta. As tendências no índice K sao importantes a serem acompanhadas. Quando o índice K se eleva podemos esperar a degradação das condições de propagação, particularmente em direção as regiões polares.

Link Original:
http://www.minha.com.br/py5zd/tecnica/temp_ionosfera.html

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Rede de emergência no HAITI

FREQUENCIAS 7045, 3720 kHz emergência no HAITI

Publicação: 13/1/2010

Foi divulgado no QRZ.com o aviso de reserva de freqüências em 40 e 80 metros, 7045 e 3720 Khz para uso emergencial no caso do grande terremoto ocorrido no Haiti, inclusive em caso de um Tsunami.
Estas freqüências serão mantidas até que um novo aviso seja emitido.
Veja a mensagem na íntegra em:


http://forums.qrz.com/showthread.php?t=232762

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

ANTENAS DE FIO COM DUPLA RESSONÂNCIA

Este artigo descreve uma interessante técnica que utiliza comprimentos fixos de cabos de 50 e 75 ohms para criar dois seguimentos em separado de baixa estacionaria na banda de 80 metros. O autor nos mostra como é possível usando cabos coaxiais de baixa perda em várias combinações, para uma antena horizontal de 80 metros, horizontal, em altura fixa, mas o que nós vamos ver mesmo o que acontece com alguns comprimentos diferentes de coaxial de real baixa perda que foram incorporadas ao sistema.



CONCEITO BÁSICO : A idéia principal é utilizar-se das propriedades dos transformadores de impedância de certos comprimentos de linhas de transmissão para então alterar a impedância de entrada ( e também a SWR ), do transmissor até o final do cabo. Primeiramente a antena de interesse neste caso , uma dipolo reta ou uma V invertida, é sintonizada para ressonar na freqüência central da faixa, que será discutida mais tarde . Segundo: Um pedaço de cabo de 50 ohms e fixado diretamente no ponto de alimentação da antena. O cabo é um múltiplo de ¼ de onda elétrico da mesma freqüência central. Terceiro : Um pedaço de cabo de 75 ohms, também de ¼ de onda elétrico da freqüência central é conectada na porção inferior do cabo de 50 ohms vindo da antena dipolo. Se necessário, um outro pedaço de cabo de 50 ohms será somado ao final do cabo de 75 ohms para estender a longitude até o shack .



PROCEDIMENTOS: Para efeito de demonstração, eu elegi a freqüência de 3650 como central, e elegi as freqüências de 3500 para cw e de 3800 para fonia . A antena para o experimento foi um dipolo horizontal para 80 metros, a 30 metros de altura. A condutividade do solo foi medida e encontrado o resultado de 0.005 siemens por metro e uma constante dielétrica de 13 . Foi usado neste dipolo fio 12 e ajustada a ressonância em 3650 kHz. Obtive uma impedância de entrada = 71.21 – j0.08 ohms. O pico de ganho medido neste dipolo foi de 7,70 D.B. num angulo de 20 graus acima da linha do horizonte. Após o ajuste para ressonar em 3650 kHz como o desejado, foi usado o programa para PC , EZNEC para encontrar a performance da antena entre 3500 a 3800 MHz ; esta informação está na tabela 1( ABAIXO ) . Foi encontrada uma estacionária de 1.42:1 na faixa central de operação, porém este numero sobe consideravelmente para as pontas, ou seja , em 3500 e 3800 kHz



FREQ IMPED. SWR

3500 60.27 - J 73.07 3.52

3525 61.97 - J 60.79 2.89

3550 63.72 - J 48.55 2.38

3575 65.52 - J 36.36 1.97

3600 67.37 - J 24.22 1.66

3625 69.27 - J 12.13 1.47

3650 71.21 - J 0.079 1.42

3675 73.20 + J 11.93 1.53

3700 75.24 + J 23.89 1.75

3725 77.32 + J 35.80 2.03

3750 79.44 + J 47.68 2.37

3775 81.61 + J 59.50 2.75

3800 83.62 + J 71.30 3.17



LINHAS DE TRANSMISSÃO IDEAIS: Como mencionado anteriormente, o exato comprimento do cabo de 50 ohms que é instalado entre os terminais da antena e a seção de ¼ de onda de cabo 75 ohms, deve ser um múltiplo de ¼ de onda elétrico da freqüência central . Por isso, comprimentos de 0.5 , 1.0 , 1.5 e 2.0 de onda ( WL ) são selecionados . Qualquer número de linhas de transmissão podem ser adicionados em série, porém todos devem ser ideais, ou seja cabos sem perda ! A tabela 2 nos mostra a estacionária ( SWR ) na porção inferior do cabo de 75 ohms, para cada um dos 4 comprimentos dos cabos de 50 ohms, quando cabos de perda-zero são usados. Uma revisão deste cabo, indica como “cabo C “, ( 1,5 WL de 50 ohms , mais 0.25 WL de linha de 75 ohms ) nos dá a melhor performance na sub – faixa de CW, com a SWR oscilando entre 1.4 e 1.6 : 1 . A estacionária em fonia se mostra melhor, nos mostrando 1.5 : 1 em 3800 kHz . Estes dados são para os considerados “cabos perfeitos “. Se formos contar, na verdade eles não existem ! Porém, o que acontece quando utilizamos cabos reais que tem baixa porém mesuráveis constantes de perda e atenuação ?



LINHAS DE TRANSMISSÃO REAIS: Com o crescente número de fabricantes de excelentes cabos coaxiais, tomamos o Beldem 8267 como exemplo em 50 ohms e o Belden 8261 para 75 ohms. Todos os cálculos das linhas de transmissão de baixa perda, foram feitos com o programa TLA, desenvolvido por N6BV, Dean Straw . Dean neste momento, lista estes dois tipos de cabo em seu programa, mas eles podem ser selecionados no software. Com o TLA, pode-se utilizar vários parâmetros, tanto para seção de 50 como para seção de 75 ohms . Os resultados finais são apresentados na tabela 3 . Como foi verdade com o “cabo perfeito “, com os cabos Beldem os resultados foram além das expectativas : a estacionária medida ficou em 1.2 :1 entre os segmentos de CW e fonia . Interessantemente, qualquer comprimento , longo ou curto de cabo melhoraram a estacionária nas sub – bandas de interesse. Os dois tipos de cabo Belden mencionados anteriormente, possuem um fator de velocidade de 0.66, e o comprimento físico para 1,5 WL de 50 ohms ,mais 0.25 WL de 75 ohms somaram 311 pés de longitude. Se uma especial e específica combinação de cabos não for suficiente para alcançar o shack,, uma porção extra de cabo de 50 ohms deverá ser utilizada da parte final do conjunto até o transceptor. Uma pergunta fica no ar : Se existem cabos de baixa perda que mantém a SWR plana porque não usar uma peça inteira desde a antena até o transceptor ? A tabela 4 nos mostra porque a resposta é não ! Substitua a porção de ¼ de onda de 75 ohms por outro pedaço com a mesma longitude de cabo 50 ohms, simplesmente v/c. verá no gráfico que não se trata de uma boa idéia ! O comprimento total de cabo 50 ohms aumenta , a SWR também cai , porém , a performance da combinação 50/75 será sempre superior. Se utilizarmos cabo de 50 ohms para tudo , o sistema terá uma só porção de estacionária mínima, enquanto quando se utiliza da combinação 50/75, existem dois pontos de mínima estacionária ! Isso era o que realmente nos desejávamos, não é mesmo ?



TABELA 2 : SWR medida no ponto de alimentação com várias combinações de cabos 75/50 .



CABO IDEAL ( PERDA ZERO )



FREQ ponto de alim. Cabo A Cabo B Cabo C Cabo D



3500 3.52 2.14 1.74 1.57 1.71

3525 2.89 1.98 1.63 1.38 1.29

3550 2.38 1.86 1.60 1.37 1.18

3575 1.97 1.76 1.61 1.46 1.33

3600 1.66 1.69 1.62 1.55 1.49

3625 1.47 1.63 1.61 1.59 1.58

3650 1.42 1.58 1.58 1.58 1.58

3675 1.53 1.54 1.52 1.51 1.50

3700 1.75 1.52 1.45 1.39 1.34

3725 2.03 1.51 1.37 1.24 1.14

3750 2.37 1.52 1.30 1.12 1.08

3775 2.75 1.57 1.31 1.23 1.39

3800 3.17 1.64 1.42 1.50 1.84



ONDE : Ponto de alimentação é a antena normal .

CABO A : 0.5 WL 50 ohms + 0,25 WL cabo 75 ohms

CABO B : 1,0 WL 50 ohms + 0,25 WL cabo 75 ohms

CABO C : 1,5 WL 50 ohms + 0,25 WL cabo 75 ohms

CABO D : 2,0 WL 50 ohms + 0,25 WL cabo 75 ohms

WL = Comprimento de Onda ( Wave Lenght )





TABELA 3 : Swr no ponto de alimentação , mais várias combinações de cabos 50/75 ohms.



CABOS COMERCIAIS



FREQ ponto de alim Cabo A Cabo B Cabo C Cabo D



3500 3.52 1.84 1.39 1.14 1.28

3525 2.89 1.78 1.42 1.15 1.08

3550 2.38 1.73 1.50 1.33 1.25

3575 1.97 1.70 1.58 1.50 1.45

3600 1.66 1.67 1.64 1.62 1.62

3625 1.47 1.65 1.67 1.69 1.71

3650 1.42 1.62 1.65 1.69 1.72

3675 1.53 1.59 1.61 1.63 1.65

3700 1.75 1.55 1.52 1.51 1.52

3725 2.03 1.52 1.42 1.36 1.36

3750 2.37 1.50 1.30 1.19 1.21

3775 2.75 1.50 1.20 1.04 1.24

3800 3.17 1.52 1.17 1.19 1.46



ONDE : Ponto de Alim. é a antena normal.

CABO A = 0,5 WL 50 ohms + 0,25 WL 75 ohms

CABO B = 1,0 WL 50 ohms + 0,25 WL 75 ohms

CABO C = 1,5 WL 50 ohms + 0,25 WL 75 ohms

CABO D = 2,0 WL 50 ohms + 0,25 WL 75 ohms





TABELA 4 : SWR medida no ponto de alimentação , cabo normal de 50 ohms.



FREQ Ponto de alm. Cabo A Cabo B Cabo C Cabo D



3500 3.52 2.96 2.71 2.50 3.33

3525 2.89 2.52 2.34 2.19 2.06

3550 2.38 2.13 2.01 1.91 1.82

3575 1.97 1.81 1.73 1.66 1.60

3600 1.66 1.56 1.51 1.47 1.43

3625 1.47 1.40 1.37 1.34 1.31

3650 1.42 1.37 1.34 1.31 1.29

3675 1.53 1.47 1.43 1.39 1.36

3700 1.75 1.66 1.59 1.54 1.49

3725 2.03 1.89 1.80 1.72 1.65

3750 2.37 2.16 2.03 1.92 1.83

3775 2.75 2.45 2.28 2.13 2.01

3800 3.17 2.76 2.54 2.35 2.19



ONDE : CABO A = 0,75 WL 50 OHMS

CABO B = 1.25 WL 50 OHMS

CABO C = 1.75 WL 50 OHMS

CABO D = 2.25 WL 50 OHMS


Dirceu C. Cavalcanti - PY5IP

email: py5ip@50mhz.com






LINK ORIGINAL:
http://www.radioamador.com/tecnica/dupla.asp

Problema com TVI ( interferências causadas por rádio-frequência )

Bem,este é um problema!
Para fabricação correta de uma boa antena você deve se preocupar com o "corte" exato de onde você costuma operar.
Como exemplo vou usar a dipolo,ou V invertido.
Pega-se 142,5 e divide pela frequência da faixa a operar e o resultado dividido por 2 mostra o tamanho real da antena ,
usaremos o Px , mais exato canal 20 frequência 27,205 para ficar no meio termo entre o canal 1 e 40.
Vamos lá então:
142,5 Dividido por 27,205 é igual a
5.238.....
Desse resultado dividimos por 2 ,
que é igual a
2.619 , arredondando 2.62 para cada lado .
(Nesse caso serve para a dipolo ou V invertido ou Plano Terra 1/4 de onda)
Ajusta-se a estacionária da V invertido abrindo/fechando a distãncia entre os elementos,
no caso a dipolo,aproximando ou afastando os elementos na gôndola e no caso a Plano Terra, na distância entre o elemento positivo e negativo (Lembrando que para a Plano Terra obter a impedância correta, os elementos negativos devem ter um ângulo de 45º)
"nunca diminua ou aumente a antena para se ajustar estacionária se a mesma já estiver cortada para a frequência desejada pois, você pode até conseguir uma boa estacionária, mas ela não vai ressonar onde foi cortada"
( não se esqueça que a expessura do alumínio usado na dipolo influencía na estacionária.
Neste caso usamos alumínio 3/4 parede fina ,fica jóia )
Outro problema é o cabo coaxial.
Não vou divulgar marca , mas não pode ser qualquer um .
Escolha o cabo homologado pela ANATEL.
Dependendo da distância do "Shack" você pode gastar uma boa quantia de dinheiro...
mas não deixe o cabo em segundo plano pois um mal funcionamento pode e vai ocasionar ,
ou a perda do equipamento por queimá-lo ou a perda da paciência dos vizinhos em reclamar .

Lembre-se que sua licença o habilita a operar e não a incomodar.

Por último caso , o próprio rádio com as bobinas palitadas soltando espúrios pra tudo quanto é lado ou com o "limitador de áudio arreganhado" .
Rádio bom é rádio novo ou usado realinhado!
Em qualquer um desses casos , chame alguém que entenda do assunto para auxiliar na procura/soluçã o do problema.
Comece por eliminar essas etapas:
corte da antena correto, localização da antena, cabos, conectores, depois o rádio.
Vale ressaltar que dependendo do modelo de TV
(antigo ou novo) e do tipo da antena ( não vale ser bombrill ) de seu vizinho,
por mais que você mude tudo aínda pode ocasionar TVi... observe também os cabos de extenção do telefone que ele usa , se for aquele expiralado made in ching ling que fica espalhado por toda casa , ele serve de bobina e capta quaquer coisa que se refira a RF,acredite.
Tenha paciência Boa Sorte!