domingo, 15 de janeiro de 2012

escreveu : Mário Keiteris - PY2 M X K
Este artigo com esta pergunta já foi publicado neste Informativo, e para a minha surpresa e satisfação vem a primeira resposta através de um organismo oficial e internacional a UNESCO, um setor das Nações Unidas, com o programa O Radioscaf.

Texto abaixo no Nosso Informativo é Noticia


Eu gostaria neste momento de contar-lhes uma frase que me encanta, porem peço desculpas porque agora sou incapaz de recordar quem a disse. A frase é assim : “A vida é, somente o que nos fica por viver” , pode não ter ficado muito claro o sentido, pois irei aclarar dizendo que, o passado já ocorreu e não pode ser modificado, o presente já não apresenta nenhum interesse de maior valor, porque já o vivemos também, e na realidade somente resta o futuro, e é o que deve ser levado em conta, porque somente no futuro é que poderemos viver, seria como dizer, viver nossas ilusões, nossas frustrações, por fazer algo, ou participar em algo, por desfrutar fazendo algo, em resumo, tudo que nos fica por viver a vida futura, e realmente vale a pena, porque é longa a preparação do que em breve será uma simples ação ou a participação de uma nova experiência.

O mundo esta cheio de pessoas sem futuro previsível ou interessante, especialmente todos aqueles que tem chegado a uma certa idade ( deve ser a 4ª idade, porque eu já pertenço a 3ª idade e não me dou conta), as limitações físicas reduzem muito suas possibilidades de fazerem algo novo. Já não existe nenhum futuro interessante nem vislumbram nenhuma atividade que lhes traga um futuro mais trepidante. Somente desfrutam contando suas “batalhinhas” de seu passado, historias que repetem mais de uma vez para o desespero dos que já a conhecem de memória.

Esta passando algo parecido a isso no nosso radioamadorismo como coletivo? Estamos vivendo de “contar batalhinhas” e não temos conseguimos descobrir um futuro de interesse?

Como vamos atrair as novas gerações aos mistérios da radiofreqüência se não oferecemos um futuro que valha a pena?

Comunicar, “bater papo” com os amigos, falar onde quer que seja, ou quando queira.... isso pode fazer todo mundo sem necessidade de ser radioamador. Pode ser por telefone, ( fixo ou móvil), por agenda eletrônica (I-phone. Blackberry...), pela Internet com o Skype ou similares...

O que nós podemos oferecer com o radioamadorismo para propor algum atrativo para as novas gerações de jovens? Onde poderemos encontrar algo que proporcione experiências gratificantes como as que nos foram proporcionadas através do radioamadorismo.

Me parece que o espaço terrestre atualmente esta cru.

Desgraçadamente, aqui somente podemos aspirar que algum dia o pais nos necessite para as comunicações de emergência em uma grande catástrofe.

Mas seria bem melhor que isso não venha a ocorrer nunca, não somente porque não a desejamos, se não, porque iríamos descobrir de que não estamos preparados precisamente para enfrentar essas situações.

Por tanto, teremos que conformarmos e melhorar os preparativos com mais entusiasmo e espírito de serviço, exercitando-nos com simulados mais eficazes, pôr que ate agora o radioamadorismo apenas limita-se a coordenar corridas pedestres, corridas ciclísticas e outros acontecimentos desportivos e culturais.

Nada que não possa ser resolvido com um GPS.

Ate onde podemos dirigir o radioamadorismo para ilustrar e atrair novos e futuros candidatos ao radioamadorismo? Esta difícil por aqui. Temo que somente nos resta o espaço exterior.

Seria um triste panorama se não dispuséssemos das inúmeras possibilidades tecnológicas que acabamos de desenvolver e promover plenamente. Mas acontece que somente participamos como minoria em toda essa tecnologia.

Vejamos a lista :
-Satélites de todos tipos para escutar e intentar comunicações, captar imagens, analisar telemetria, eticetera, eticetera...
-Um resplandecente Sol para estudar suas radiações eletromagnéticas nas bandas em que dominamos.
-Uma formosa lua para utiliza-la como espelho para rebotes de comunicações.
-Enumeráveis meteoritos para intentar comunicações por reflexão em seus rastros ionizados e analisar suas trajetórias e aparições.
-Todo um universo cheio de planetas, estrelas, galáxias, nebulosas, quasars, eticetera, que emitem radiações eletromagnéticas nas ondas conhecidas pelo radioamador que ele pode explorar.
O que estamos esperando para dedicarmos a promover ao máximo possível todas estas atividades para o futuro do radioamadorismo? Que para isto contamos com uma AMSAT e uma ARISS e muitas outras associações? Por que não me perguntas o que o governo esta fazendo agora para o desenvolvimento do radioamadorismo?

Sejamos sérios! Todos nos temos alguma responsabilidade e, se todos nós temos desfrutado muitas coisas boas graças ao radioamadorismo, agora nos toca a devolver um pouco do bem que temos recebido e contribuir com algum grãozinho de areia para construir o edifício do futuro do radioamadorismo interplanetário.

Sim eu disse e quis dizer claramente do futuro interplanetário.

As comunicações dos radioamadores de sempre já não servem para interessar a ninguém. São as “batalhinhas”, dos nossos avos, porque resulta de que os avos já somos nos. Creio que já havia deixado claro no inicio destas linhas.

Por favor, não deixes de aproveitar nenhuma oportunidade, o colega radioamador deve sempre propor algo novo para promover o radioamadorismo do futuro, e não o radioamadorismo do passado, que realmente foi glorioso.
Conto contigo.
O presente artigo é imaginário, com uma visão um pouco pessimista com respeito ao futuro do nosso radioamadorismo. Obviamente, somente esta em nossas mãos, evitar que assim seja.

Este é o meu muito humilde ponto de vista, e por experiência própria, creio que muitas vezes quem tem o poder de decidir sobre o futuro de uma atividade, não possui a capacidade e a competência necessária para faze-lo.

Espero que esta tendência reverta-se e que verdadeiros radioamadores, com comprovada trajetória e inatacável conduta, sejam de agora em diante quem devem reger o porvir do nosso querido radioamadorismo.

Autor :Mário Keiteris - PY2 M X K
Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, pôr agora despeço-me com um forte e cordial 73.


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