sábado, 29 de dezembro de 2012



Autor do artigo: Mário Keiteris- PY2 M X K    -     Radioamador Veterano e Escritor      -         dezembro/12






Os radioamadores não deixaram de existir, sobrepondo-se sempre as novas tecnologias.
Permanecem em alerta desde suas estações de rádio, sempre com um par de auriculares e um microfone, tal como fazem a 10 décadas (100 anos).
Em época de constante evolução das tecnologias digitais, a prática do radioamadorismo continua viva e a serviço da comunidade.
O radioamadorismo é um hobby científico com diversas modalidades.
O radioamador é a pessoa que procura manter funcionando uma estação de radiocomunicação, ora para comunicados e conversas informais bem como para concursos e competições nacionais e internacionais.
Além dos "bate-papos" e contestes, o radioamador pode auxiliar as autoridades de Defesa Civil  nas situações de risco e calamidades públicas, levando as comunicações aos mais longínquos rincões, por exemplo, no interior da Amazônia ou da Savana Africana.
Algumas dessas modalidades utilizam-se do Código Fonético Internacional e do Código Q em sua comunicação que é muito utilizada por radioamadores no mundo inteiro em troca de informações e mensagens, tanto em curtas quanto em longas distâncias.
Além dos operadores de estações amadoras de radiocomunicação, estes códigos são utilizados por serviços diversos, tanto civis quanto militares, e também por profissionais e empresas que utilizam a radiocomunicação como fator de contato entre seus integrantes.
Instalar antenas e transceptores em seus domicílios, com uma autorização das instituições governamentais, para poder cumprir um serviço humanitário sem renumeração, e que tem uma regra importante, é proibido falar de política, religião e de questões comerciais. Sem horários definidos, impulsionadas pelo puro amadorismo, os radioamadores dispõem seu tempo livre para socorrer a quem precisa de comunicação a distancia, ou passam horas a frente de seus equipamentos contatando com seus colegas.
Normalmente as pessoas sabem que para qualquer emergência devem procurar sempre um radioamador.
Quando ver uma antena no telhado, podem bater na porta a qualquer hora e em qualquer dia, pois o radioamador nunca se negará em atende-los.
O serviço que se presta é imprescindível e heterogêneo, e não esta isento de alguma interferência durante a comunicação.
As mensagens são diversas.
Algumas, por exemplo : pode-se convocar um medico para passar instruções de parto numa emergência, pode-se promover atrativos turísticos locais, estando em contato com outros paises, etc.
As pessoas que tem familiares no estrangeiro podem comunicar-se com eles, através do radioamador.
Algo similar agora esta acontecendo com a Internet.
A pratica do radioamadorismo desenvolveu-se muito apos a Primeira Guerra Mundial.
Depois nasceram as primeiras estações comerciais de radio difusão.
Ao terminar a Segunda Guerra Mundial no final de 1945, foi trazido para o Brasil muitos equipamentos eletrônicos (sucata de guerra), que eram reciclados para serem usados como transmissores.
Estes equipamentos de construção caseira tinham qualidade e não interferiam aos sinais de rádio comercial, nem em aviões.
Estas características seguem mantendo-se ate hoje.
Nas freqüências de radioamador pode-se comunicar-se sem barreiras idiomáticas, mediante um Código Internacional denominado de Código “Q”, com o qual os interlocutores identificam-se mediante siglas universais.
O radioamador tem condições de comunicar-se com qualquer ponto do globo terrestre, a única condição é que a pessoa com quem podemos falar possua um transceptor e uma antena pelo menos.
Depois de realizado o contato local, nacional, ou internacional existe o costume dos operadores trocarem cartões “QSL de confirmação”, pelo correio, em um dos lados indica-se o indicativo, o nome do operador, a marca e o tipo de transceptor, a antena usada no contato, qual a potencia utilizada, no verso uma alegoria ou a foto de sua estação.
Cada cartão é guardado com muito carinho, é como se fosse um troféu que recorda os locais com que  contataram-se em busca de informações ou simplesmente por conquistar novas amizades.
Entre os radioamadores também é praticado o “DX”, que é uma especialidade de comunicados extra-fronteira, normalmente é muito interessante falar com pessoas onde a telefonia não chega, como o Pólo Sul, Pólo Norte, Antártida, Alasca e outros.
Os radioamadores são caçadores de Cartões exóticos, para isso devem observar os horários que lhes permita coincidir com radioamadores do outro lado do mundo.
Existe um mapa mundi especial para os radioamadores que consta a divisão em graus do globo terrestre, para assim poder dirigir a antena ao local ou o pais que pretende-se contatar, segundo o horário e a distancia de cada pais.
Ante o boom da Internet e das “redes sociais”, os radioamadores não ficam para traz.
Os radioamadores sempre estão interessados em aprender mais, e com os modos digitais não é deferente.
Seguem atualizando-se. Inquietos por avançar no ritmo da tecnologia, são vanguardistas das comunicações, procurando sempre conservar o manejo tradicional dos seus equipamentos, sem se descuidar das novas alternativas, assim podem perpetuar seu trabalho.
Os radioamadores não vão deixar de existir.
Nossa paixão nos fará descobrir novas formas de transmissão, que depois as industrias iram aperfeiçoá-las.
O radioamadorismo segue sendo uma alavanca muito importante para o apoio social.
Enquanto houver uma antena no teto de uma casa, haverá sempre uma comunicação por onda eletromagnética amadora ao serviço de quem assim o precise, não existindo fronteiras étnicas ou geográficas para os radioamadores.

Autor do artigo: Mário Keiteris - PY2 M X K
Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, pôr agora despeço-me com um forte e cordial       73.

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