Autor do artigo: Mário Keiteris- PY2 M X
K - Radioamador Veterano e
Escritor
- dezembro/12
Os radioamadores não deixaram de existir, sobrepondo-se sempre as novas tecnologias.
Permanecem
em alerta desde suas estações de rádio, sempre com um par de auriculares e um
microfone, tal como fazem a 10 décadas (100 anos).
Em época de
constante evolução das tecnologias digitais, a prática do radioamadorismo
continua viva e a serviço da comunidade.
O
radioamadorismo é um hobby científico com diversas modalidades.
O
radioamador é a pessoa que procura manter funcionando uma estação de
radiocomunicação, ora para comunicados e conversas informais bem como para concursos
e competições nacionais e internacionais.
Além dos
"bate-papos" e contestes, o radioamador pode auxiliar as autoridades
de Defesa Civil nas situações de risco e calamidades públicas, levando as
comunicações aos mais longínquos rincões, por exemplo, no interior da Amazônia
ou da Savana Africana.
Algumas
dessas modalidades utilizam-se do Código Fonético Internacional e do Código Q
em sua comunicação que é muito utilizada por radioamadores no mundo inteiro em
troca de informações e mensagens, tanto em curtas quanto em longas distâncias.
Além dos
operadores de estações amadoras de radiocomunicação, estes códigos são
utilizados por serviços diversos, tanto civis quanto militares, e também por
profissionais e empresas que utilizam a radiocomunicação como fator de contato
entre seus integrantes.
Instalar
antenas e transceptores em seus domicílios, com uma autorização das
instituições governamentais, para poder cumprir um serviço humanitário sem
renumeração, e que tem uma regra importante, é proibido falar de política,
religião e de questões comerciais. Sem horários definidos, impulsionadas pelo
puro amadorismo, os radioamadores dispõem seu tempo livre para socorrer a quem
precisa de comunicação a distancia, ou passam horas a frente de seus
equipamentos contatando com seus colegas.
Normalmente
as pessoas sabem que para qualquer emergência devem procurar sempre um
radioamador.
Quando ver
uma antena no telhado, podem bater na porta a qualquer hora e em qualquer dia,
pois o radioamador nunca se negará em atende-los.
O serviço
que se presta é imprescindível e heterogêneo, e não esta isento de alguma
interferência durante a comunicação.
As mensagens
são diversas.
Algumas, por
exemplo : pode-se convocar um medico para passar instruções de parto numa
emergência, pode-se promover atrativos turísticos locais, estando em contato
com outros paises, etc.
As pessoas
que tem familiares no estrangeiro podem comunicar-se com eles, através do radioamador.
Algo similar
agora esta acontecendo com a Internet.
A pratica do
radioamadorismo desenvolveu-se muito apos a Primeira Guerra Mundial.
Depois
nasceram as primeiras estações comerciais de radio difusão.
Ao terminar
a Segunda Guerra Mundial no final de 1945, foi trazido para o Brasil muitos
equipamentos eletrônicos (sucata de guerra), que eram reciclados para serem
usados como transmissores.
Estes
equipamentos de construção caseira tinham qualidade e não interferiam aos
sinais de rádio comercial, nem em aviões.
Estas
características seguem mantendo-se ate hoje.
Nas
freqüências de radioamador pode-se comunicar-se sem barreiras idiomáticas,
mediante um Código Internacional denominado de Código “Q”, com o qual os
interlocutores identificam-se mediante siglas universais.
O
radioamador tem condições de comunicar-se com qualquer ponto do globo
terrestre, a única condição é que a pessoa com quem podemos falar possua um
transceptor e uma antena pelo menos.
Depois de
realizado o contato local, nacional, ou internacional existe o costume dos
operadores trocarem cartões “QSL de confirmação”, pelo correio, em um dos lados
indica-se o indicativo, o nome do operador, a marca e o tipo de transceptor, a
antena usada no contato, qual a potencia utilizada, no verso uma alegoria ou a
foto de sua estação.
Cada cartão
é guardado com muito carinho, é como se fosse um troféu que recorda os locais
com que contataram-se em busca de informações ou simplesmente por
conquistar novas amizades.
Entre os
radioamadores também é praticado o “DX”, que é uma especialidade de comunicados
extra-fronteira, normalmente é muito interessante falar com pessoas onde a
telefonia não chega, como o Pólo Sul, Pólo Norte, Antártida, Alasca e outros.
Os
radioamadores são caçadores de Cartões exóticos, para isso devem observar os
horários que lhes permita coincidir com radioamadores do outro lado do mundo.
Existe um
mapa mundi especial para os radioamadores que consta a divisão em graus do
globo terrestre, para assim poder dirigir a antena ao local ou o pais que
pretende-se contatar, segundo o horário e a distancia de cada pais.
Ante o boom
da Internet e das “redes sociais”, os radioamadores não ficam para traz.
Os
radioamadores sempre estão interessados em aprender mais, e com os modos
digitais não é deferente.
Seguem
atualizando-se. Inquietos por avançar no ritmo da tecnologia, são vanguardistas
das comunicações, procurando sempre conservar o manejo tradicional dos seus
equipamentos, sem se descuidar das novas alternativas, assim podem perpetuar
seu trabalho.
Os
radioamadores não vão deixar de existir.
Nossa paixão
nos fará descobrir novas formas de transmissão, que depois as industrias iram
aperfeiçoá-las.
O
radioamadorismo segue sendo uma alavanca muito importante para o apoio social.
Enquanto
houver uma antena no teto de uma casa, haverá sempre uma comunicação por onda
eletromagnética amadora ao serviço de quem assim o precise, não existindo
fronteiras étnicas ou geográficas para os radioamadores.
Autor do artigo: Mário Keiteris - PY2 M X K
Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, pôr agora despeço-me com um forte e cordial 73.
Autor do artigo: Mário Keiteris - PY2 M X K
Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, pôr agora despeço-me com um forte e cordial 73.
Nenhum comentário:
Postar um comentário